PANFLETAGEM NA NAÇÕES UNIDAS |
Na tarde de sábado, 15 de setembro, cerca de três mil pessoas marcharam por ruas de Bauru rumo ao Parque Vitória Régia, na grande Marcha para Jesus – talvez o evento mais esperado pela Nação Evangélica. A concentração aconteceu como de costume na Praça Rui Barbosa, às 16h. Prestigiram autoridades do legislativo e do executivo Municipal, entre elas o prefeito Rodrigo Agostinho, a vereadora Chiara Ranieri e outros.
Pastor William Quintela, da Batista Bela Vista, lembrou a importância da manifestação para abençoar a cidade. “Estamos reunidos com diferentes denominações, isto mostra a unidade das igrejas, uma oportunidade de mostrar o amor que os evangélicos têm pela cidade”.
PLACAS DE CANDIDATOS DISPUTARAM ESPAÇO |
- O prefeito Rodrigo Agostinho se diz feliz por prestigiar e lembrou o pastor Lelo Rodrigues como grande incentivador do evento. “Tem muita coisa ruim hoje. É de um processo de evangelização que a gente precisa nessa cidade”, concluiu o prefeito.
No início da noite, a “concha acústica” do parque foi palco de muito louvor com os Ministérios aos Pés do Amado (Marcão) e Rasgando os Céus (IOBPC), culminando com a Palavra do Apóstolo Dawidh Alves (SP).
Mas nem tudo são flores
Este ano houve sensível queda no número de participantes e um dos motivos pode ter sido as eleições municipais de sete de outubro. Isso porque, em ano eleitoral, candidatos oportunistas fazem panfletagem política, e este ano, não foi diferente.
Mas o que é a Marcha Para Jesus? É um evento de fé cristã que ocorre anualmente em centenas de cidades do mundo. Em Bauru, faz parte do calendário Oficial do Município e é tipificada em lei orgânica como Manifestação Religiosa. A legislação eleitoral não é clara sobre assunto, mas a lei 9.504/97, proíbe a propaganda política em templos religiosos, portanto, os candidatos que usaram desse expediente, podem, dependendo da avaliação do Promotoria, ter infringido a lei eleitoral.
Opinião dos participantes
Ap. Edson Valentim, vice-presidente do Conselho de Pastores, lembrou que a Marcha é um sinal pequenino do caminhar profético da cidade: “Candidato que aproveita um momento sagrado como este não deveria receber o nosso voto”, condena.
Pastor Pedro Peres foi direto ao assunto e criticou a politização excessiva de alguns líderes: “Isso atrapalha os pastores de andarem juntos. A maneira mais prática de ter poder é pela política. O poder de Deus não emana na política, vem do próprio Deus”.
Eli Parreira, pastor da Igreja Cristã Renovada, considera que o propósito da Marcha é outro: “A Marcha é uma caminhada de paz para abençoar a cidade, oportunidade de mostrar o amor que os evangélicos têm pela cidade”. Para Parreira, o voto da igreja está mais maduro e consciente: “Quero salientar que eu sou partidário de que os evangélicos tenham candidatos da fé, homens cristãos, agora entendo que a igreja precisa ter representação…”.
Até o candidato a vereador Primo Mangialardo, que participava sem nenhum adorno eleitoreiro ou equipe de panfletagem, mostrou-se indignado com a prática e sugeriu que mudem a data para evitar o mal-estar. “Nós que cremos, sabemos que Deus já tem os nomes que vão ocupar as 17 cadeiras no ano que vem. Aqui não é lugar de campanha”, disse Primo..
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