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27 fevereiro, 2012

NOTÍCIA: Gondim diz que não faz mais parte do “Movimento Evangélico”

16/02 - Ricardo Gondim, Pastor da Igreja Betesda em São Paulo, anunciou em seu site, através de um artigo, que está rompendo com o Movimento Evangélico. Afirma que está querendo apenas experimentar a liberdade prometida nos Evangelhos e que não abandonará sua vocação de pastor e continuará servindo na Betesda.
Narrando experiências desde a adolescência, quando abandonou o catolicismo, o pastor falou sobre o que o fez romper com a Igreja Presbiteriana e com a Assembleia de Deus, exemplificando cada caso.
Os motivos do rompimento listados por Gondim reclamam da transformação do evangelho em negócio, e se diz “incapaz de tolerar” a transformação da fé em negócio. “Não posso aceitar, passivamente, que tentem converter os cristãos em consumidores e a igreja, em balcão de serviços religiosos.S Entendo que o movimento evangélico nacional se apequenou. Não consegue vencer a tentação de lucrar como empresa. Recuso-me a continuar esmurrando as pontas de facas de uma religião que se molda à Babilônia”, acusa o pastor.
Em uma crítica direta à teologia da prosperidade, que tem sido priorizada em diversas denominações, o pastor Gondim afirma que a igreja se tornou inútil ao pregar essa mensagem: “No momento em que o sal perde o sabor para nada presta senão para ser jogado fora e pisado pelos homens. Não desejo me sentir parte de uma igreja que perde credibilidade por priorizar a mensagem que promete prosperidade. Como conviver com uma religião que busca especializar-se na mecânica das “preces poderosas”? O que dizer de homens e mulheres que ensinam a virtude como degrau para o sucesso? Não suporto conviver em ambientes onde se geram culpa e paranóia como pretexto de ajudar as pessoas a reconhecerem a necessidade de Deus”.


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Tempo de Partir



      Não perdi o juízo. Minha espiritualidade não foi a pique. Minhas muitas tarefas não me esgotaram. Entretanto, não cessam os rótulos e os diagnósticos sobre minha saúde espiritual. Escrevo, mas parece que as minhas palavras chegam a ouvidos displicentes. Para alguns pareço vago, para outros, fragmentado e inconsistente nas colocações (talvez seja mesmo). Várias pessoas avisam que intercedem a Deus para que Ele me acuda.
     Minha peregrinação cristã está, há muito, marcada por rompimentos. O primeiro, rachei com a Igreja Católica, onde nasci, fui batizado e fiz a Primeira Comunhão. Em premonitórias inquietações não aceitava dogmas. Pedi explicações a um padre sobre certas práticas que não faziam muito sentido para mim. O sacerdote simplesmente deu as costas, mas antes advertiu: “Meu filho, afaste-se dos protestantes, eles são um problema!”.
     Depois de ler a Bíblia, decidi sair do catolicismo; um escândalo para uma família que se orgulhava de ter padres e freiras na árvore genealógica – e nenhum “crente”. Aportei na Igreja Presbiteriana Central de Fortaleza. Meus únicos amigos crentes vinham dessa denominação. Enfronhei em muitas atividades. Membro ativo, freqüentei a escola dominical, trabalhei com outros jovens na impressão de boletins, organizei retiros e acampamentos. No cúmulo da vontade de servir, tentei até cantar no coral – um desastre. Liderei a União de Mocidade. Enfim, fiz tudo o que pude dentro daquela estrutura. Fui calvinista. Acreditei por muito tempo que Deus, ao criar todas as coisas, ordenou que o universo inteiro se movesse de acordo com sua presciência e soberania. Aceitei tacitamente que certas pessoas vão para o céu e para o inferno devido a uma eleição. Essa doutrina fazia sentido para mim até porque eu me via um dos eleitos. Eu estava numa situação bem confortável. E podia descansar: a salvação da minha alma estava desde sempre garantida. Mesmo que caísse na gandaia, no último dia, de um jeito ou de outro, a graça me resgataria. O propósito de Deus para minha vida nunca seria frustrado, me garantiram.
     Em determinada noite, fui a um culto pentecostal. O Espírito Santo me visitou com ternura. Em êxtase, imerso no amor de Deus, falei em línguas estranhas – um escândalo na comunidade reverente e bem comportada. Sob o impacto daquele batismo, fui intimado a comparecer à versão moderna da Inquisição. Numa minúscula sala, pastores e presbíteros exigiram que eu negasse a experiência sob pena de ser estigmatizado como reles pentecostal. Ameaçaram. Eu sofreria o primeiro processo de expulsão, excomunhão, daquela igreja desde que se estabelecera no século XIX. Ainda adolescente e debaixo do escrutínio opressivo de uma gerontocracia inclemente, ouvi o xeque mate: “Peça para sair, evite o trauma de um julgamento sumário. Poupe-nos de sermos transformados em carrascos”. Às duas da madrugada, capitulei. Solicitei, por carta, a saída. A partir daquele momento, deixei de ser presbiteriano.
     De novo estava no exílio. Meu melhor amigo, presidente da Aliança Bíblica Universitária, pertencia a Assembleia de Deus e para lá fui. Era mais um êxodo em busca de abrigo. Eu só queria uma comunidade onde pudesse viver a fé. Cedo vi que a Assembleia de Deus estava engessada. Sobravam legalismo, politicagem interna e ânsia de poder temporal. Não custou e notei a instituição acorrentada por uma tradição farisaica. Pior, iludia-se com sua grandeza numérica. Já pastor da Betesda eu me tornava, de novo, um estorvo. Os processos que mantinham o povo preso ao espírito de boiada me agrediam. Enquanto denunciava o anacronismo assembleiano eu me indispunha. A estrutura amordaçava e eu me via inibido em meu senso crítico. A geração de pastores que ascendia se contentava em ficar quieta. Balançava a cabeça em aprovação aos desmandos dos encastelados no poder. Mais uma vez, eu me encontrava numa sinuca. De novo, precisei romper. Eu estava de saída da maior denominação pentecostal do Brasil. Mas, pela primeira vez, eu me sentia protegido. A querida Betesda me acompanhou.
     Agora sinto necessidade de distanciar-me do Movimento Evangélico. Não tenho medo. Depois de tantas rupturas mantenho o coração sóbrio. As decepções não foram suficientes para azedar a minha alma, sequer fortes para roubar a minha fé. “Seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso”.
     Estou crescentemente empolgado com as verdades bíblicas que revelam Jesus de Nazaré. Aumenta a minha vontade de caminhar ao lado de gente humana que ama o próximo. Sinto-me estranhamente atraído à beleza da vida. Não cesso de procurar mentores. Estou aberto a amigos que me inspirem a alma.
     Então por que uma ruptura radical? Meus movimentos visam preservar a minha alma da intolerância. Saio para não tornar-me um casmurro rabugento. Não desejo acabar um crítico que nunca celebra e jamais se encaixa onde a vida pulsa. Não me considero dono da verdade. Não carrego a palmatória do mundo. Cresce em mim a consciência de que sou imperfeito. Luto para não permitir que covardia me afaste do confronto de meus paradoxos. Não nego: sou incapaz de viver tudo o que prego – a mensagem que anuncio é muito mais excelente do que eu. A igreja que pastoreio tem enormes dificuldades. Contudo, insisto com a necessidade de rescindir com o que comumente se conhece como Movimento Evangélico.
      1. Vejo-me incapaz de tolerar que o Evangelho se transforme em negócio e o nome de Deus vire marca que vende bem. Não posso aceitar, passivamente, que tentem converter os cristãos em consumidores e a igreja, em balcão de serviços religiosos. Entendo que o movimento evangélico nacional se apequenou. Não consegue vencer a tentação de lucrar como empresa. Recuso-me a continuar esmurrando as pontas de facas de uma religião que se molda à Babilônia.
      2. Não consigo admirar a enorme maioria dos formadores de opinião do movimento evangélico (principalmente os que se valem da mídia). Conheço muitos de fora dos palcos e dos púlpitos. Sei de histórias horrorosas, presenciei fatos inenarráveis e testemunhei decisões execráveis. Sei que muitas eleições nas altas cupulas denominacionais acontecem com casuísmos eleitoreiros imorais. Estive na eleição para presidente de uma enorme denominação. Vi dois zeladores do Centro de Convenções aliciados com dinheiro. Os dois receberam crachá e votaram como pastores. Já ajudei em “cruzadas” evangelísticas cujo objetivo se restringiu filmar a multidão, exibir nos Estados Unidos e levantar dinheiro. O fim último era sustentar o evangelista no luxo nababesco. Sou testemunha ocular de pastores que depois de orar por gente sofrida e miserável debocharam delas, às gargalhadas. Horrorizei-me com o programa da CNN em que algumas das maiores lideranças do mundo evangélico americano apoiaram a guerra do Iraque. Naquela noite revirei na cama sem dormir. Parecia impossível acreditar que homens de Deus colocam a mão no fogo por uma política beligerante e mentirosa de bombardear outro país. Como um movimento, que se pretende portador das Boas Novas, sustenta uma guerra satânica, apoiada pela indústria do petróleo.
     3. No momento em que o sal perde o sabor para nada presta senão para ser jogado fora e pisado pelos homens. Não desejo me sentir parte de uma igreja que perde credibilidade por priorizar a mensagem que promete prosperidade. Como conviver com uma religião que busca especializar-se na mecânica das “preces poderosas”? O que dizer de homens e mulheres que ensinam a virtude como degrau para o sucesso? Não suporto conviver em ambientes onde se geram culpa e paranoia como pretexto de ajudar as pessoas a reconhecerem a necessidade de Deus.
     4. Não consigo identificar-me com o determinismo teológico que impera na maioria das igrejas evangélicas. Há um fatalismo disfarçado que enxerga cada mínimo detalhe da existência como parte da providência. Repenso as categorias teológicas que me serviam de óculos para a leitura da Bíblia. Entendo que essa mudança de lente se tornou ameaçadora. Eu, porém, preciso de lateralidade. Quero dialogar com as ciências sociais. Preciso variar meus ângulos de percepção. Não gosto de cabrestos. Patrulhamento e cenho franzido me irritam . Senti na carne a intolerância e como o ódio está atrelado ao conformismo teológico. Preciso me manter aberto à companhia de gente que molda a vida, consciente ou inconsciente, pelos valores do Reino de Deus sem medo de pensar, sonhar, sentir, rir e chorar. Desejo desfrutar (curtir) uma espiritualidade sem a canga pesada do legalismo, sem o hermético fundamentalismo, sem os dogmas estreitos dos saudosistas e sem a estupidez dos que não dialogam sem rotular.
     Não, não abandonarei a vocação de pastor. Não negligenciarei a comunidade onde sirvo. Quero apenas experimentar a liberdade prometida nos Evangelhos. Posso ainda não saber para onde vou, mas estou certo dos caminhos por onde não devo seguir.

NOTÍCIA: 34 BATISMOS NO ACAMPAMENTO DA CMC

O acampamento “Venha a mim e beba”, realizado de 18 a 21 de fevereiro, em Bauru, teve a maior colheita da história da Comunicação e Missão Cristã, segundo o pastor Abílio Pinheiro Chagas. Além de Abílio, os preletores foram Edy Chagas, Bilão Chagas, Alexandre Carrara, Marcus Lopes e Marcos Vilela. Durante os dias do encontro, houve também atividades esportivas, gincanas e show de talento. Participaram mais de 400 pessoas, na chácara da CMC.

Foram 34 batizados, de Bauru, cidades da região e de Minas Gerais. São eles: Elnatã Leal Pereira, Comunidade Gasparini; Bianca Sabrina, Comunidade Esperança; Bruno S. Matos, CMC Botucatu; Cauê Giffali, Comunidade das Nações; Cleber Gustavo Fatóri, CMC Botucatu; Fernando José Alonso, Comunidade das Nações; Flávia de Souza, Comunidade das Nações; Gabriel Torralba, Comunidade das Nações; Gezo Crispim, Comunidade Cristã de Patrocínio/MG; Gláucia S. de Oliveira, Comunidade Esperança; Ivoneide Cavarsan, CMC Agudos; Jeferson M. Ferreira, Comunidade das Nações; João Pedro Cândido, Comunidade Vila Industrial; Josué Chagas, Comunidade das Nações; Ketellyn Maiara, Comunidade Esperança; Lara Negrão, Comunidade das Nações; Liza Fredd, Comunidade das Nações; Lucas Santiago, Comunidade Parque Real; Maria Mariana Vilela, Comunidade Altos da Cidade; Mateus Meca, Comunidade das Nações; Nilva Terezinha da Silva, Comunidade das Nações; Osvaldo Cavarsan, CMC Agudos; Otávio Lourenço, Comunidade das Nações; Pedro Jarussi, CMC Altos da Cidade; Pedro Meca, Comunidade das Nações; Rafael A. Panichi, Comunidade das Nações; Rafael Marques, Comunidade Cristã de Patrocínio/MG; Raquel Chagas, Comunidade das Nações; Ricardo M. Maia, CMC Botucatu; Sabrina da Silva, Comunidade Esperança; Sofia Mecca, Comunidade Altos da Cidade; Stevan Rebolo, Comunidade das Nações; Sthefany Ferreira, Comunidade Esperança; Wesley F. dos Reis, Comunidade Esperança.

JCG FEVEREIRO: Rebelião - Divisão do Corpo

Queridos irmãos, é necessário tratarmos o tema rebelião de maneira clara e objetiva. A cada dia, mais e mais pastores e líderes dividem a igreja de Cristo ao bel prazer de suas convicções ideológicas, filosóficas e doutrinárias. Acham que estão certos e que Deus entende suas motivações. Meu objetivo neste artigo é demonstrar à luz da bíblia, que Deus, o Senhor, não estabelece pacto com rebeldes. Sim, rebeldes.
Mas qual o significado do termo Rebelião à Luz da bíblia? Rebelião: é quando a pessoa não reconhece a autoridade do líder nem de Deus, se levanta contra a liderança, comete insubordinação, insubmissão, e questiona a autoridade. Nega princípios da palavra em detrimento das suas próprias vontades ou sonhos pessoais.
Desobediência: é quando a pessoa reconhece a autoridade do líder e de Deus, mas não faz aquilo que foi orientado nem pelo líder, nem pela Palavra. Sabe que aquilo está certo, mas acaba fazendo o errado.
A Bíblia traz exemplos importantes de rebeliões. Relata Anjos, homens e mulheres que se voltaram contra Deus e suas autoridades e, mostra como isso terminou. Deus abomina a rebelião - leia I SM 15:22,23.
A primeira rebelião foi a de Satanás e Lúcifer - anjos de luz que se perderam com os seus poderes e perfeição. Segundo a Bíblia, o motivo de sua rebelião contra Deus foi o de não concordar com as diretrizes que Ele dera à criação. Leia:  I SM 14:12,14 e EZ 28:13,18.
 “Estavas no Éden, jardim de Deus (...). Querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus (...). Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti(...) Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam.” Ezequiel  28:13,18.
O fato, irmãos, é que isso ainda acontece nos dias atuais.
Muitos obreiros e pastores que eventualmente não concordam com sua liderança, ora porque acham que podem fazer melhor, ora por inveja, decidem fazer seu próprio reino, se rebelam contra a visão e dividem a igreja.
O segundo tipo de rebelião que podemos ilustrar foi a de Saul, que mesmo depois de orientado, obedeceu a Deus parcialmente. Obediência parcial para Deus é o mesmo que desobediência total.
I SM 15:22,23 - “Porém Samuel disse: tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar (...). Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria (...). Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei”.
Esse tipo de rebelião, no entanto, é motivada por boas intenções, mas também peca por negar a autoridade divina. No cap. 15 do livro em questão, fica claro que para Saul o mais importante foi agradar o povo e manter seu trono e liderança. Quantas vezes tenho visto pastores se rebelarem contra Deus por dar ouvido a voz do povo.
Já o terceiro tipo é muito comum também, é quando pessoas ‘se chamam’ para um ministério e querem o lugar de autoridade, do líder, sem entender que estão se levantando contra Deus. Acompanhem: “Levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, eleitos por ela, varões de renome, 3 - E se ajuntaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Basta! Pois que toda a congregação é santa, cada um deles é santo, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos exaltais sobre a congregação do SENHOR? (...). Fazei isto: tomai vós incensários (...).  Ainda também procurais o sacerdócio?” -  Números 16:2.
Esse tipo de rebelião é motivado pelo desejo de ser usado como o líder e de se colocar na mesma posição, inflamam a congregação e despertam a ideia de que  ‘todos somos iguais perante de Deus’, sem entender a importância do Chamado.
O quarto tipo de rebelião, no meu entender, é aquela provocada por ciúme “Deus fala por mim, Deus me deu dons também” -  infelizmente é muito comum. Exemplo, são aqueles que possuem dons e acham que pelo fato de Deus usá-los, não precisam se submeter à ninguém  – ledo engano. A unção é individual, assim como o chamado e, principalmente, a intimidade com Deus.
“E disseram: Porventura, tem falado o SENHOR somente por Moisés? Não tem falado também por nós? O SENHOR o ouviu. 3 - Era o varão Moisés mui manso (...). Logo o SENHOR disse a Moisés, e a Arão, e a Miriã: Vós três, saí à tenda da congregação. E saíram eles três . Então, o SENHOR desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles se apresentaram. Então, disse: Ouvi, agora, as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele, me faço conhecer ou falo com ele em sonhos. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a forma do SENHOR; como, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés? E a ira do SENHOR contra eles se acendeu; e retirou-se. A nuvem afastou-se de sobre a tenda; e eis que Miriã achou-se leprosa, branca como neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa. Então, disse Arão a Moisés: Ai! Senhor meu, não ponhas, te rogo, sobre nós este pecado, pois loucamente procedemos e pecamos.”
A conclusão, irmãos, é que muitos dos líderes que dividem a Igreja e que acham que Deus aprova suas atitudes podem estar mortos espiritualmente. ‘Leprosos’, a terra corrói suas vidas. Relaxados, esquecem-se da lei da semeadura: Tudo que você planta, você colhe. Igrejas que nascem da divisão, vão se dividir pelo menos mais quatro vezes. E claro, ainda tem aqueles que dividem igreja por dinheiro, ganância, inveja, entre outras coisas.
Neste momento você pode pensar: “então eu não posso abrir uma nova Igreja?, uma nova Obra”. Pode, claro! Só cultive a motivação correta. Não influencie membros para ir com você. Não maldiga os antigos líderes. Saia pela porta da frente, pois um dia, talvez, você queira voltar!


Rev. Júlio César Antunes Miranda
Pastor Títular da Igreja do Nazareno de Jaú/SP. Bacharel em Teologia, Prós-graduado em Missioligia e Narcodepêndencia.




_ APARTES _




"Acompanhei e presenciei a dor e o inconsolável sofrimento de pastores que passaram por isso"

Divisão da igreja é multiplicação ou rebelião?
Para o grupo que está saindo de uma igreja, eles sempre estão certos, com visão, revelação, e até direção. 
Normalmente saem criticando para justificar sua saída. Para o pastor e para a igreja que estão feridos são rebeldes, estão em pecado. Em suma, dois lados existem: pessoas feridas, resultado de relacionamentos rompidos, outrora bondosos e unidos, agora, opondo-se uns aos outros. É quando então os comentários de pecados confessados veem à tona.
Quero nesse aparte, contar-lhes a minha experiência. Me converti no início de uma igreja e, confesso que não percebi nada na época, mas líderes tinham sido expulsos por causa do "avivamento", então, começaram essa nova igreja. Ela cresceu bastante e se estabeleceu como uma igreja modelo, muito procurada. Mas ao longo de sua história novas divisões aconteceram. Grupos saíram e começaram novas igrejas, levando consigo o mesmo espírito e, em consequência: novas divisões se sucederam. Seria este o plano de Deus para o crescimento? Muitos já devem ter ouvido a frase:  “Na matemática de Deus se divide para multiplicar”. Não creio nisto, mas é prática mais comum nos dias de hoje. 
Em meus 34 anos de igreja, acompanhei e presenciei a dor e o inconsolável sofrimento de pastores que passaram por isso, então, não posso aceitar este modelo como sendo de Deus.
 “Para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”.  (I Tm 3:15). 

Pedro Peres - pastor da Comunidade Cristã Nova Aliança de Agudos

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"Toda rebelião é pecado; exceto quando nossa obediência às pessoas vier implicar em desobediência a Deus"

Em muitas situações na vida de cristãos e até de não cristãos, observamos que em meio à situações de dor e sofrimento, em meio a lutas e tribulações Satanás tentará usar aquela circunstância para o mal, mas o propósito de Deus será usá-la para o bem, porque Deus é Soberano!  Ele está no controle e não o Diabo! E isto deve gerar fé e confiança! 
Romanos 8.28, diz: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”   Quando o apóstolo Paulo diz que todas as coisas contribuem para o bem, inclui sem dúvida, as coisas que jamais gostaríamos que acontecessem conosco, ou com queridos nossos. Um exemplo, é justamente a rebelião dentro de igrejas como fator de divisão ou multiplicação do Reino de Deus. Na verdade, nenhuma forma de rebelião é aprovada pelo Senhor. Toda rebelião é pecado; exceto quando nossa obediência às pessoas vier implicar em desobediência a Deus.  Neste caso, como Pedro e João disseram às autoridades judaicas: “Mais importa obedecer a Deus, do que aos homens.”
 Se tivermos que sair de alguma igreja local, devemos procurar sair sozinhos; nunca com um grupo junto conosco. Na primeira rebelião que se tem notícia, Satanás caiu com um terço dos anjos. E este é um padrão que não deve ser seguido. Porém, sustentando a tese já exposta, de que Deus e o Diabo trabalham paralelamente, mesmo nos casos de divisões de igrejas – frutos de pecado + ação diabólica, Deus é poderoso para transformar o mal em bem. E frequentemente é isto que vemos, ou seja, algo que serviria para dividir, acaba sendo usado por Deus para multiplicar e expandir Seu Governo sobre a Terra.
Não podemos, contudo, ainda que cientes da ação transformadora de Deus, acabar justificando as divisões da igreja. Isto porque, os fins não justificam os meios; e cada vez que há rebelião há divisão. Satanás trabalhou para roubar a paz e a comunhão entre os irmãos, para matar o amor, que é o “vínculo da perfeição”, para destruir vidas, que saem com feridas profundas na alma. Decepcionadas, muitas vezes com os líderes, e, por vezes, não querendo mais participar da comunhão dos santos, voltando para o mundo.
 Assim, portanto, cada um de nós como cristãos, como membros do Corpo de Cristo, não importa onde, devemos nos esforçar para manter o vínculo da paz “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz".  Este vínculo uma vez quebrado pode ser restaurado; mas vão ficar sempre algumas sequelas. Por isso, a Palavra nos exorta a fazermos o possível para mantê-lo. 

David Asckar - Pastor DA igreja Vineyard de Bauru

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"Lutando pela comunhão, não pela divisão. "

Horas antes de iniciar este comentário, havia terminado a leitura do livro “Vida e Comunhão” (Dietrich Bonhoeffer). Excelente obra, sem dúvida. Embora não sendo nenhum tratado teológico sobre kinonía, declara profundas verdades e avalia a comunhão a partir de diferentes vieses. Parto, pois, tomando empréstimo de algumas declarações de Bonhoffer, para tentar expressar o que penso ser o ponto de vista bíblico sobre parte daquilo que se entende por rebelião, e suas consequências.
Todavia, autodisciplina do cristão é serviço à comunidade. Por outro lado, não existe pecado em pensamento, palavra e ação por mais pessoal e secreto que seja que não venha a ser prejuízo da comunidade.
O bispo (pastor), nada mais é do que o homem simples e fiel que se desincumbe de forma correta do seu serviço na comunidade. Sua autoridade consiste no cumprimento do seu serviço... O desejo por autoridade falsa, em última análise, nada mais quer do que erigir novamente na igreja o imediatismo, a dependência de homens. 
A disputa pelo poder, por espaço e proeminência não é algo recente, como se sabe, surgiu bem antes do ser humano se tornar alma vivente, e vem se arrastando através da história. A disputa pelo poder, pelo imperativo da vontade, é originária da iniquidade e do orgulho, e serve de combustível para toda e qualquer rebelião. Temos aqui um sentimento contraditório e contrário ao princípio do servo vivenciado e ensinado por Jesus. 
O processo prático da divisão se apresenta em meio à igreja evangélica originada por inúmeros fatores oriundos do orgulho. Dois destes fatores de mesma natureza são identificáveis em por boa parte das divisões e separações que acontecem nas igrejas. O primeiro deles ocorre quando um líder entendendo-se vocacionado, mas não tendo um espírito semelhante ao de Davi, resolve encurtar ou acelerar o divino processo de formação de um líder. Este líder sai arregimentando seguidores para ascender à posição de líder titular.  O segundo surge pela insistência carnal da perpetuação do poder, do cargo, do título, por parte do pastor ou líder principal. Este possuindo um espírito semelhante ao de Saul, para se manter no poder, parte para a aniquilação do líder emergente. Para vencermos este câncer que está corroendo a igreja evangélica brasileira, é necessária a compreensão de que a igreja é propriedade do Senhor Jesus, não de homens. Precisamos pensar como Bonhoeffer, o bispo (pastor) – “nada mais é do que o homem simples e fiel, sadio na fé e na vida”.  Os pastores precisam lembrar que a igreja é de Cristo, e as ovelhas lembrarem que os pastores são levantados por Deus. Quem perde com divisão? O corpo de Cristo.
Meu irmão, líder emergente em formação, no nome precioso do nosso Senhor Jesus, eu te admoesto: saiba esperar pelo agir de Deus! Se você é realmente vocacionado e o Senhor tem te chamado para a obra do ministério, é Ele quem vai te conduzir à frente do rebanho. Não passe por cima de ninguém, não atropele! Você pode causar um estrago muito grande se insistir nessa loucura. Todo verdadeiro homem de Deus passa pela porta da frente, não pula pelas janelas, não invade. Lembre-se do conselho de Paulo a Timóteo, esta palavra é digna de crédito, se alguém almeja ser bispo (pastor), deseja algo excelente. É necessário, porém que o bispo seja irrepreensível - inimigo de discórdias. 
E a você companheiro de ministério, eu te pergunto: quando foi que deixou de perceber que o Trono é do Senhor? Lembre-se, Ele dispõe como quer, a uns exalta, a outros, abate. Se o Senhor não for conosco não há pastoreio, e se ele está conosco, é Ele quem irá nos sustentar e manter aonde tem nos colocado. Qualquer tentativa de manter o poder a força será contada contra nós, e iremos com certeza dar conta da nossa liderança Naquele Dia! 
Com amor, zelo e entendimento.

Willian T. Quintela - pastor da igreja Batista do Jd. Bela Vista de Bauru





16 fevereiro, 2012

NOTÍCIA: CMC realiza acampamento "Venha a Mim e Beba"

O acampamento “Venha a mim e beba”, promovido pela Comunicação e Missão Cristã (CMC), será realizado de 18 a 21 de fevereiro, na chácara da comunidade, que fica na rodovia Bauru-Iacanga, km 349 + 800 metros. Durante 4 dias, os participantes estarão envolvidos com palestras, atividades esportivas, gincanas e muita comunhão. A abertura será no sábado (18/02), com o jantar, e o encerramento está previsto para a noite de terça-feira (21/02).
Os preletores serão Abílio Pinheiro Chagas, Alexandre Carrara, Edy Chagas, Marcus Lopes, Bilão Chagas e Marcos Villela. O tema é baseado na frase de Jesus, em João 7:37: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”, e dá sequência às mensagens de Abílio neste ano, enfatizando o avivamento espiritual.
Segundo a comissão organizadora, ainda há vagas, com preços que variam de R$ 90,00 a R$ 175,00 por pessoa, incluindo hospedagem, 7 refeições e 3 cafés da manhã. A entrada é gratuita para os visitantes durante a manhã de domingo e a noite de terça-feira, quando será servida a Ceia do Senhor. Informações pelo telefone (14) 3223-5933.
Os acampamentos da CMC são marcados pelo ambiente familiar e pela interação entre os participantes, com atividades programadas para o dia inteiro. Além disso, a chácara oferece a infra-estrutura necessária para a prática esportiva, com campos de futebol, bocha, vôlei, futsal e piscinas com toboágua.  

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06 fevereiro, 2012

ARTIGO ESPECIAL: Igrejas perdendo o foco

A recomendação bíblica, sintetizada pelo apóstolo Paulo, quando escreveu sua carta aos cristãos de Roma, é simples: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação de suas mentes, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Ro 12.2 – NVI). Através dos séculos de revelação bíblica, a Palavra de Deus a Israel e à Igreja foi sempre esta: “Olhai para mim, e sereis salvos ...” (Is 45.22 – IBB versão revisada).
A tendência à aculturação tem estado presente no cotidiano do povo de Deus na história. Profetas do passado e pregadores do presente têm sido vocacionados por Deus para alertar israelitas e cristãos sobre o cuidado necessário no relacionamento cultural. O escritor da carta aos hebreus cristãos enfatizou: “Deixando todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia, corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé.” (Hb 12.1 – NVI). E o profeta Jeremias já havia proclamado: “Não aprendais o caminho das nações...” (Jr 10.2 NVI). E explicado: “Os costumes religiosos das nações são inúteis.” (Jr 10.3 NVI). Viver com sabedoria o aqui e o agora, para não se afastar do propósito de Deus e firmar-se na realização plena da vontade do SENHOR são os grandes desafios da fé bíblica, da fé cristã.
O processo de contextualização requerido por muitos entre o povo de Deus é perigoso, nisto que, em sua atualização da fé, o cristão, a igreja, pode perder Jesus de vista, o Jesus de Nazaré o Cristo da fé. A ação iconoclasta, destruidora de tradições, pode ir além dos costumes passageiros, destruindo também princípios bíblicos fundamentais e supraculturais. Uma vez. John Stott advertiu pregadores evangélicos para “não sacrificar a revelação no altar da relevância”. No desejo de ser relevante para a cultura, muito sutilmente, o cristão sucumbe a esta pressão. O.S. Hawkins, que pastoreou, por longos anos, três das maiores igrejas batistas norteamericanas, escreveu categórico: “Há uma nova tendência evangélica, propagada por alguns pastores, que não seria reconhecida por nossos pais apostólicos que foram mordomos do Novo Testamento” (The Pastor’s Prime - pág. 41). O autor estava se referindo à contextualização do Evangelho levada a extremos em que os costumes das culturas humanas falam mais alto do que os princípios da fé, segundo a revelação bíblica. E esclarece: “O evangelho do Novo Testamento ensina a autonegação. A nova tendência “gospel” esposa a autoestima, autorealização. O Evangelho do Novo Testamento está focalizado em Cristo e seu plano de redenção. A nova tendência “gospel” está focalizada no homem e em seu desejo de felicidade na vida. Essa nova tendência evangélica tem uma antropologia defeituosa. Ela tende a ver o homem como alguém, basicamente, bom e amigo de Deus e que, simplesmente, se afastou da igreja em razão de seus métodos inadequados e ultrapassados”. Há cristãos que buscam uma igreja segundo seus próprios critérios.
 É famoso nos meios teológicos o livro de Richard Niebhur - Cristo e Cultura – que discute cinco posições da igreja na dinâmica da fé em sociedade. Sem dúvida o tema precisa de considerações firmadas em bases razoáveis do tratamento adequado do texto bíblico – que se construiu num período, mais ou menos aceito, de dezesseis séculos de revelações de Deus – e também de uma compreensão da cultura, em sua dimensão psicossocial, política e econômica e suas manifestações sob a influência da natureza humana contaminada pelo pecado, com forte atuação satânica – “O mundo todo está sob o poder do Maligno” (I João 5.19-NVI).  Niebhur levanta questões e as responde com o testemunho de pensadores bíblicos e históricos, buscando um entendimento de Cristo e também de Cultura, mas sempre valorizando a supremacia daquele sobre esta
Atribui-se a Karl Barth, teólogo protestante da primeira metade do século XX, uma afirmação que sugere a importância da leitura do jornal diário ao lado da Bíblia, para as devidas aplicações no púlpito. Mas, o que se tem visto e ouvido vai além dessa informação necessária. Há uma tendência de amoldar-se ao mundo, à cultura, aos costumes.
Cristãos e igrejas sofrem a pressão, e sucumbem à tentação, de repetir e assumir comportamentos e padrões de pensamentos que significam a forte influência secular na expressão da “fé” – que parece não objetivar o Jesus de Nazaré nem o Cristo da fé, mas um personagem aculturado – O Cristo contemporâneo, a Igreja pósmoderna, O Evangelho Gospel. John MacArthur, o pastor e escritor norteamericano em seu livro “The Truth War” (A Verdadeira Guerra) chama a atenção de seus leitores para essa tendência em que a Igreja perde o foco do Jesus Cristo – “autor e conusmador de nossa fé” – para criar seu próprio Cristo e seu próprio Evangelho atualizado, mais afinado com a filosofia pósmoderna, herdeira do humanismo não cristão, que cultua o prazer, a superficialidade, as incertezas, o consumismo, a rapidez, o entretenimento... e o  .vazio, principalmente, do Deus pessoal da Bíblia que FALA,  expõe sua vontade, além de ouvir nossas preces e nos “coroar de bênçãos”, como desejam os “gospels”.
O Foco da Igreja deve ser JESUS – o revelado pela Bíblia – e não os homens e seus modelos. Através de séculos de história, não foi difícil para cristãos e igrejas se enganarem com “as astutas ciladas do diabo”. O acessório acabou sendo o principal, e o desnecessário tomou o lugar do essencial. Em sua oração pelos crentes e pela igreja em Colossos, Paulo, o apóstolo, assim se expressou: “Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual. E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força de sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência, com alegria ...” (Co 1.9-11 )  O alvo dessa oração é o essencial para  a igreja.
Igrejas e seus pastores, especialmente estes, que são seus líderes espirituais, precisam refletir sobre a pergunta sugerida por Paul McKaughan: “A Quem estou seguindo?” (in  Mensagem da Cruz - nº 154). Ele explica a importância da liderança. “Os líderes são os que influenciam, dando o exemplo aos olhos de todos. Os líderes se tornam pessoas especiais. Eles podem contribuir para que coisas muito boas ocorram.”. Também, James Hunter, autor do livro “Como se tornar um Líder servidor”, assim conceitua liderança: “habilidade de influenciar pessoas para trabalharem, entusiasticamente, visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio da força de caráter”. Ele acrescenta: “Liderar significa conquistar as pessoas, envolvê-las de forma que coloquem seus corações, mentes, espíritos, criatividades e excelências a serviço de um objetivo”.  O que caracteriza bem a palavra liderança é a capacidade de influenciar outros para o bem (ou para o mal), de acordo com um objetivo comum. Assim, pastores e líderes nas igrejas precisam saber para onde estão conduzindo o povo de Deus. Se estão com o foco em Jesus Cristo – cabeça da Igreja – e Sua Palavra revelada, ou se estão se deixando levar por modismos, contextualizações secularizadas e, igualmente, se perdendo nesse emaranhado de novidades “gospels”, trazendo o mundo (a cultura deste século) para a igreja ao invés de penetrar o mundo com a mensagem do verdadeiro Evangelho – a  significativa contracultura cristã. Que o SENHOR DA LUZ nos ilumine, nos esclareça!

Pr. Araúna dos Santos,
Vitória, ES

03 fevereiro, 2012

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ARTIGO: Faces do perdão (final)

Faces do Perdão (Final: No fundo do Mar)

Anteriormente, falamos sobre a célebre frase "perdoo, mas não esqueço", muito ouvida nas conversas das quais todos nós, alguma vez, participamos.
Afirmamos que perdoar sem esquecer é o mesmo que não perdoar, mas isso é próprio da "natureza humana", sempre fica uma magoazinha, um ressentimentozinho, um resquício de lembrança das coisas desagradáveis.
Há também o caso de quem diz ter perdoado, alega que esqueceu, mas na primeira
oportunidade "dá o troco". Incrível mas acontece como uma vez me contou que fazia assim, um amigo, que já não vejo há uns oito anos.
 Há que continuar a diferenciar o perdão "humano" do perdão Divino, o perdão do Único e Verdadeiro Deus, este sim perdão de fato e de verdade, sem mágoas sem ressentimentos, e “sem troco”.
 
"Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade, e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar" (Miquéias 7. 18-19).
O versículo acima deixa muito claro que Deus de fato esquece a ponto de dizer Ele que joga no fundo do mar os nossos pecados.
 É verdade que o texto citado é dirigido a Israel, e já dissemos também, em artigo anterior  que o estudo das "dispensações" dá ao leitor da Palavra de Deus a condição de saber a quem se refere o texto bíblico: se a Israel, se à Igreja, se a ambos.
 Este é um texto tipicamente para Israel!
Todavia, também já citamos que "Deus não faz acepção de pessoas" (Atos 10. 34), o que nos permite, com toda a convicção, entender que se Ele, em relação a Israel (tão rebelde) promete se esquecer dos seus pecados a ponto de jogá-los no fundo do mar, também em relação aos cristãos, deve agir da mesma maneira, tendo em vista que foi Sua iniciativa derramar a Graça sobre nós, através da entrega do Senhor Jesus em nosso lugar.
Nós, humanos, somos aqueles que num determinado momento, como Pedro, responde a Cristo, quando perguntado sobre quem achavam os discípulos ser Jesus: "Tu és o Cristo".
Mas, não muito tempo depois, adota uma postura censurável, a ponto de levar Jesus a dizer uma palavra mais pesada sobre ele:
 "E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso [morte e ressurreição] de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda! Satanás; tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das cousas de Deus, e, sim, das dos homens" (Mateus 16. 22-23).
 O próprio Pedro, quando Jesus ia sendo preso, mostrando coragem e fidelidade ao Senhor, sacou da espada e cortou a orelha de Malco, e não muito tempo depois, diante de uma pessoa simples (uma criada), e depois defronte de outra criada [dizem ser a mesma pessoa], e terceira vez junto a outros, que ali estavam, negou que conhecesse o Senhor. E o galo cantou!
Após a ressurreição, todos nós sabemos, Pedro se tornou uma das mais importantes pessoas do Cristianismo, com um Ministério abençoado e abençoador, juntamente com outras pessoas, homens, mulheres, discípulos, apóstolos, etc., e o que naquela época era chamado de "seita", tornou-se o que é hoje, uma religião com mais de dois bilhões e trezentos milhões de pessoas (consideradas apenas as pessoas atualmente vivas), contra a qual [igreja] não prevalecerão as portas do inferno (Mateus 16. 18).
 
"O que eu mais invejo nos cristãos é o perdão que receberam; não tenho ninguém para me perdoar" (Marghanita Laski - Famosa Romancista e Crítica Inglesa do Século 20, mística, que jamais escondeu o seu ateísmo).
Então, o que pretendemos deixar bem claro, é que temos quem nos perdoe, e o perdão de Deus é perdão mesmo, é confiável, é verdadeiro, é para sempre, bem diferente do nosso que, além de passageiro, dissimulado, nem sempre corresponde ao verdadeiro sentimento existente em nosso peito.
"Deus não é homem, para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?" (Números 23. 19).
Ele não só prometeu, mas cumpriu em Jesus a promessa de perdão, de salvação, derramando sobre nós a sua graça, sem distinção de pessoas.
 Resta-nos fazer a nossa parte, ou seja, apropriarmos-nos dessa grande salvação, recebendo o Senhor Jesus no coração como único e suficiente Salvador.
 


Edmar Torres Alves é editor do blog Sê Fiel e colaborador do JCG.

COL. PENSATA: Ano novo, atitudes positivas

Durante as festas de final de ano, faz parte da cultura ocidental rever as conquistas e problemas transcorridos durante o ciclo que termina. É comum, também, que promessas e esperança de dias melhores façam parte da rotina das comemorações entre famílias. A coluna Pensata adere a este clima de otimismo e superação e busca novos caminhos em 2012.
Para tanto, voltamos ao ano de 1988, quando Milton Nascimento e Fernando Brant compuseram a música “Bola de Meia, Bola de Gude”, que diz que há um menino que habita a alma de cada pessoa e, quando aparecem as dificuldades da vida adulta, estende a mão para ajudar. Em versos marcantes, a canção afirma: “E me fala de coisas bonitas que eu acredito que não deixarão de existir: amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor”.
Os laços de amizade e amor devem sempre ser renovados, não apenas na época de transição entre os anos. É simples: se cada um fizer ao menos uma ação por dia que ajude o próximo, deixaremos de viver no meio do caos, da barbárie e da desconfiança. Devemos recorrer a conceitos morais para respeitar o próximo e nos predispormos a ajudar sempre que for possível.
As religiões têm um papel muito importante no estabelecimento da consciência moral nas pessoas, por isso é essencial colocar em prática os ensinamentos aprendidos nas igrejas, independentemente do segmento ao qual pertençam.
Há duas consequências do capitalismo que devem ser combatidas: o individualismo e o consumismo. São características que prejudicam a caridade, a bondade e a preocupação com o próximo, resultando no constante afastamento entre as pessoas e aumento dos desafetos.
Para este ano que se inicia, de todos os objetivos que possam ser traçados, sugerimos que sejam ressaltados o respeito e a solidariedade para com o próximo. Esta pode ser a saída mais eficaz para a transformação das relações e do comportamento humano para os anos que estão por vir. Nós acreditamos nessa mudança.

Danilo Berbel


Fale com o autor:
danberbel@hotmail.com

01 fevereiro, 2012

JCG Janeiro - DEUS PODE TRANSFORMAR A CIDADE


Deus pode salvar e transformar nossa cidade! Se você crê que Deus ouve nossas orações às responde, verá que temos diante de nós uma oportunidade de ouro – a chance de vermos nossa cidade transformada e o clima espiritual aberto para que o povo conheça Jesus. E isso é um chamado para todos nós, povo de Deus, sua Igreja.

Sabemos que nossa cidade e toda a região passam por problemas sérios em diversas áreas. A violência é crescente, e já não nos sentimos seguros nem mesmo nos nossos lares – apesar de toda segurança de que possamos lançar mão. A corrupção e disputas políticas colocam à prova nossa capacidade de acreditar no homem. Apreensões de drogas têm sido constantes em nossa região, e mesmo assim, é cada vez maior o número dos escravos das drogas. A violência doméstica e o abuso de crianças pululam. A prostituição está estampada em cada esquina, a qualquer hora do dia. Nossa cidade está doente moral e espiritualmente.

Mas é possível mudar essa realidade, tomando por base I Crônicas 7:13 e 14, que diz: "Quando eu fechar o céu e não deixar que chova, ou ordenar aos gafanhotos que destruam as colheitas, ou mandar uma peste atacar o povo, então, se o meu povo, que pertence somente a mim, se arrepender, abandonar os seus pecados e buscar a minha face, eu os ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e trarei cura para sua terra".

I - A primeira coisa a ser destacada é que quem fecha os céus, envia gafanhotos e pestes é Deus. Muitos atribuem ao diabo o que, em verdade, é uma ação de Deus. Romanos 1 nos informa que Deus revela sua ira contra toda impiedade e injustiça dos homens.

II - A Igreja precisa se arrepender. Há uma necessidade de quebrantamento urgente no meio da casa de Deus. Somos os responsáveis pelo estado deplorável em que o mundo se encontra. Não somos sal e luz no mundo que apodrece. A sociedade será sempre um reflexo da Igreja.

III - Se a Igreja, arrependida e quebrantada, se dispuser a buscar a presença de Deus, Ele se manifestará. Hoje buscamos a bênção mais que o abençoador, queremos o presente mais que a Presença. Mas quando O buscarmos de coração, desejando ardentemente Sua intimidade, então Ele virá, nos perdoará e transformará a realidade de nossa cidade e nação.

Você crê que isso pode ser realidade hoje? Então vamos unir forças. É o princípio da sinergia aplicado à oração intercessora em busca pela Presença gloriosa dEle. Temos trabalhado e orado isoladamente, mas fazer isso em unidade e concordância gerará um resultado mais intenso e poderoso do que a simples soma dos esforços singulares. Foi por isso que Jesus afirmou que há a necessidade de estarmos unidos para que o mundo creia (João 17:21), que se DOIS de nós concordarmos a respeito de alguma coisa em oração Deus atenderá, bem como o salmista afirma (Salmo 133) que é bom que os irmãos estejam em unidade porque ali o Senhor ordena a bênção.

Será que o mundo não vai crer se pregarmos separadamente uns dos outros? Será que se orarmos sozinhos em nosso quarto não haverá resposta? Será que se estivermos sós em algum lugar Deus não nos abençoará? É evidente que não é por esse caminho que devemos olhar, mas para o fato de que havendo unidade, a bênção e o agir de Deus é muito maior. Veja, por exemplo, Gênesis 11:6 – "O Senhor disse assim: Essa gente é um povo só, e todos falam uma só língua. Isso que eles estão fazendo é apenas o começo. Logo serão capazes de fazer o que quiserem. Vamos descer e atrapalhar a língua que eles falam, a fim de que um não entenda o que o outro está dizendo". Embora aqui haja algo maligno sendo feito, Deus deixa claro um princípio que é espiritual: se há unidade, se há um mesmo falar, se há um só propósito não haverá restrições ao que se quiser realizar. E isso se aplica também à oração intercessora pela cidade.

Apocalipse 18:1-5 anuncia a queda da Babilônia. O texto nos revela que o juízo de Deus foi decretado devido ao acumulo de iniquidade. A Babilônia caiu, pois o inimigo tomou conta e esta se tornou morada de demônios. Leia também Gênesis 15:9-16; Jonas 1:2; Gênesis 18:20-21; Mateus 23:29-33; I Tes. 2:15-16.

Os sistemas que compõe a estrutura de governo de uma cidade podem contribuir para abençoar ou para amaldiçoar, fazendo com que haja um aumento ou diminuição de iniquidade em um determinado lugar. Quais são estes sistemas? Cultura, Educação, Governo, Saúde, Político, Comércio, Segurança, Saúde, etc. Identificamos a ação do inimigo quando são encontradas características nos sistemas de uma cidade que amaldiçoam, promovendo a injustiça e afastando mais as pessoas de Deus. Mas também vemos a manifestação de Deus quando ocorre o oposto a isso. Por outro lado, existem pecados que são praticados de forma individualizadas e suas consequências recaem somente sobre a pessoa que o cometeu. No entanto, todo pecado individual é também somado ao pecado individual dos demais habitantes da cidade. Essa somatória, acrescida aos sistemas malignizados, é que origina o chamado pecado coletivo que se refere a um grupo de pessoas ou, à cidade no caso. Então, existe a soma dos pecados individuais e os pecados da cidade como um todo. E as consequências destes pecados praticados de forma coletiva recaem única e exclusivamente ao lugar ou cidade em que este grupo de pessoas pecou.

Amado, existe uma guerra pela cidade – e Satanás tem dominado os sistemas que movimentam a cidade. Então é necessário reagirmos em quebrantamento, arrependimento, intercessão e busca pela Face do Senhor.

Uma distorção que Satanás tem conseguido incutir na Igreja com objetivo de distanciar-nos dessa visão do plano de Deus está na perspectiva de crescimento que tem dominado o mundo evangélico. Comumente o crescimento numérico de Igrejas têm sido visto como uma vitória satisfatória, de tal forma que a maioria esmagadora da liderança cristã tem estado satisfeita com os números do IBGE. É como se essa fosse a expressão de um avivamento e até da aprovação de Deus a tudo o que estamos fazendo. Mas posso afirmar que essa é uma visão distorcida. Na verdade, Satanás não se importa tanto com Igrejas cheias, desde que não se preocupem em libertar as cidade e nações.

Tenho compartilhado em muitos lugares o que vi em Almolonga, cidade do interior da Guatemala. Extremamente pobre, suas terras áridas impediam que se investisse ali. Não chovia. As crianças viviam nas ruas. Os divórcios se multiplicavam. Os bares viviam cheios e a embriaguez produzia muita violência doméstica. As quatro cadeias da cidade viviam lotadas. E no meio de tudo isso, um templo pagão, onde sacerdotes conduziam cultos ao seu deus. Essa era a realidade de Almolonga até que um alcoólatra conhecido se converteu. Isso chamou a atenção de povo. Outras conversões se sucederam. Os pastores começaram a se unir para orar. As placas denominacionais foram deixadas de lado em prol da intercessão conjunta. Pouco tempo depois os sacerdotes pagãos se reuniram e concluíram: "estamos perdendo poder, precisamos sair dessa cidade" e transferiram seu local de culto para outro lugar.

O resultado? Começou a chover. Água brotava da terra. As quatro cadeias estão fechadas. Os bares vazios estão se fechando. Os homens, ébrios, se converteram e hoje trabalham nas plantações. A Almolonga pobre hoje exporta hortaliças para todo o país e para os vizinhos. E posso testemunhar: vi beterrabas quase do tamanho de um melão, repolhos imensos, rabanetes que se colhiam cinco vezes ao ano, e assim por diante. Almolonga experimentou 2 Crônicas 7:14.

Eu creio que é possível. Creio no que Deus tem falado ao meu coração sobre a transformação de Bauru e toda a região. Deus quer usar sua Igreja para isso. Deus quer usar você. É tempo de Deus para Bauru. É tempo de Deus para o Brasil.


Por Edson Valentim - Pastor da Igreja Batista Bereana, Coordenador Teológico do JCG.