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21 junho, 2010

JCG/JUNHO: BOLA SEM FÉ


Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que seu Senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. João 15.20
Noé não deixou de enfrentar o dilúvio; José não deixou de ir para a prisão; Daniel não deixou de ser lançado na cova dos leões; Sadraque, Mesaque e Abednego tiveram que ir para a fornalha de fogo; o Senhor Jesus não fugiu da cruz; os apóstolos foram martirizados; os trezentos primeiros anos da era cristã foram marcados pelo sangue das fiéis testemunhas do Senhor Jesus (ex: Policarpo, Justino); tanto pré-reformadores como reformadores sofreram as mais duras perseguições; e quantas gerações de protestantes foram perseguidas aqui na América Católica? Diante de tão grande nuvem de testemunhas, como explicar a insensibilidade da presente Laodicéia? O cristianismo ocidental cambaleante e confuso por causa de sua embriaguês com a cultura da pós-modernidade tem bem pouco, ou quase nada em comum com a lucidez e a firmeza do cristianismo vivido pelos irmãos acima mencionados. Diante de transformações tão velozes pela qual a sociedade esta passando, a igreja começa perceber que a zona de conforto oferecida tão pacificamente pela cultura ocidental aos cristãos, nada mais é do que o leito de Dalila. Se a igreja ocidental semelhante a Sansão (perdeu o Espírito por confiar seus segredos a Dalila) perdeu sua autoridade por confiar em quem não devia, como pode esperar ainda que não lhe furem os olhos. A perda da visão espiritual precede a da natural. Irmão quanto pessimismo, muitos poderão dizer. Deixe-me dizer não é pessimismo é realismo, e é realismo porque se trata da realidade diante de nós, não tem nada a ver com a esperança de restauração, pois não se restaura aquilo que não se tenha danificado. ... Manda vir Sansão para que nos divirta (Juízes16:25). Diante de tantos escândalos a igreja tem se tornado a diversão para o mundo. No entanto nem tudo está perdido, pois, "... e foram mais os que matou na sua morte do que na sua vida". (Juízes 16.30). Creio que assim como Sansão se voltou para Deus, e Deus lhe deu forças para ter uma vitória maior em seus últimos instantes de vida, assim também creio que o Senhor Deus irá conceder a igreja em meio a sua tribulação uma última oportunidade, de ter novamente sua autoridade.
Em meados do século XVI um inglês que estava experimentando na própria pele as consequências de ousar crer na fé reformada, escreveu um livro que viria ser uma obra de referência para as futuras gerações de cristãos perseguidos ou não. Trata-se de John Fox e sua obra sobre a história dos mártires. Nesta obra encontramos a história daqueles que através dos séculos foram perseguidos e morreram por causa de sua fé, desde os apóstolos até os reformadores. Ao ler a obra de John Fox, descobre-se que aonde tem perseguição tem mártir. Lembrando ainda de Sansão, é interessante lembrar que a perseguição veio justamente quando ele estava deitado dormindo confiantemente nos lençóis de Dalila, sem saber que já não tinha mais o que pensava ter. A propósito quais são os nomes dos mártires da igreja brasileira das últimas décadas? Aqueles que levaram a fé até as últimas consequências? Se você me perguntar sobre os super-heróis eu lhe peço para olhar para o céu e vê-los voando (com jatinho próprio é claro!).
Quando trabalhava para o Senhor no mundo muçulmano, pude sentir na pele o que é ser descriminado, indesejado, e perseguido por causa da fé em Cristo, se quisesse acabar com a perseguição era só negar a Cristo e confessar o credo islâmico, e imediatamente estaria em uma zona de conforto. Lembro-me de uma frase da Portas Abertas "indo aonde a fé tem seu mais alto preço". Aqui no Brasil é diferente, o único preço que o povo esta disposto a pagar é o dizimo, (isto é, nem todos, pois muitos já se libertaram disto, como também se libertaram da cruz, da doutrina, da unidade).
De um tempo para cá, no entanto, a igreja vem sendo incomodada em sua zona de conforto, vários projetos que tramitam em Brasília (ex: PL 122 - Homofobia), tem causado incomodo no meio evangélico.
Recentemente a FIFA proibiu os jogadores de manifestarem sua fé em campo, e você sabe como futebol mexe com o Brasil. Estes dias eu fui ao Banco e a atendente me convidou para gravar a palma da minha mão direita, segundo ela dispensava as letras da senha. A questão toda é que estes acontecimentos estão levando a igreja a se defrontar com algo que ela tinha esquecido que existia, a perseguição. A grande prova disto é o fato de ser este um tema não mencionado em nossos púlpitos. Não tem nada a ver com nossa realidade. Perseguição para nós se resume a um patrão que pega no pé, ou um vizinho chato que não vai com a nossa cara por saber que somos evangélicos, só que a grande maioria não se importa, afinal de contas o estilo de vida da maioria dos evangélicos, não incomoda ninguém, a não ser quando o som da igreja esta alto demais. Se quisermos saber o que vem pela frente, basta fazer uma leitura na história da igreja, e encontraremos que todas as vezes que a igreja se acomodou Deus permitiu que viesse perseguição, para despertá-la do seu sono. Foi assim em Atos, foi assim com a igreja da baixa idade média, (a maioria dos países muçulmanos de hoje, eram terras cristãs até o sétimo século) onde na época a igreja seguia discutindo sutilezas teológicas, pois havia parado de fazer missões.
Dois fatos me levam a pensar que nos encontramos prontos para uma correção do alto. Primeiro o zelo com a Palavra de Deus, ou melhor, a falta dele. De acordo com uma pesquisa realizada pelo editor e jornalista da Abba Press & Sociedade Bíblica Ibero-Americana, Oswaldo Paião, cerca de 50,68% dos pastores e líderes nunca leram a Bíblia Sagrada por inteira pelo menos uma vez. A desculpa apresentada foi a falta de tempo. Não é de se estranhar que a única parte de Malaquias que o povo conhece é Trazei todos os dízimos a casa do tesouro, mas Ml 2:7 que diz: "Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do SENHOR dos Exércitos" —, o povo não conhece. O segundo fato é a redução dos envios de missionários pela igreja brasileira. Na mediada que a economia cresce, a igreja vai reduzindo o envio de missionários, basta ouvir o que os líderes das agências missionárias tem a dizer sobre isto. Era de se esperar que com o crescimento da economia brasileira a igreja viesse a enviar mais obreiros, mas ao invés disto resolveu investir em sua zona de conforto. Estes dois pontos apresentados são a evidência clara de frieza espiritual, e de falta de conhecimento e obediência para a vontade do Senhor da Igreja. Até quando continuaremos crendo que está tudo bem?
De acordo com as palavras do Mestre que acima introduzem este texto, devemos estar conscientes da realidade da perseguição, estando a igreja firme na fé ou desviada dela. Contudo é necessário lembrarmos as palavras de Pedro "Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus" Seria muito melhor passar por sofrimentos e perseguições por estar firmes na fé que uma vez nos foi dada, como lemos em Judas
Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.


Pastor William T. Quintela
Professor de grego da Faculdade Teológica Batista de Bauru e Pastor da Igreja Batista do Jd. Bela Vista Bauru/SP


• APARTES •


"...A existência de um estado laico não passa de uma falácia"

Existem pelo menos 2 situações onde nossa fé é testada, e somente aqueles que perseveram podem experimentar a vitória! A primeira situação é aquela em que o adversário é conhecido, a guerra é deflagrada, o adversário abertamente nos confronta e a perseguição é visível! Durante anos esta guerra foi mais acentuada nos países da cortina de ferro, onde milhares de cristãos foram perseguidos, presos e torturados, sendo que ainda hoje esta situação acontece em países como a China, Coréia do Norte, e da mesma forma nos países de fé islâmica onde a simples pregação do evangelho de Cristo pode ser considerado como Crime de Proselitismo! Todavia uma outra situação, talvez até mais perigosa, nos países ditos democráticos, onde o adversário luta como numa guerrilha, de forma disfarçada, sem que o adversário perceba, e sua resistência vai sendo minada aos poucos! Em Oséias 7:9 uma nação estava sendo gradativamente consumida pelo adversário, que foi se infiltrando através do pecado, da prostituição e adoração a outros deuses, consumindo a força sem que eles percebessem.
Vivemos dias onde principalmente na educação, a fé cristã vem sofrendo um ataque sutil e dissimulado, onde teorias humanistas sem comprovação científica vem sendo gradativamente difundidas com o dinheiro do orçamento público! Isto se deve principalmente pela omissão da igreja cristã, ao eleger políticos ateus e defensores destas teorias. O Darwinismo, que nada mais é do que uma teoria antiga, é uma destas variantes, pois hoje cientificamente se comprova a impossibilidade de todas as espécies terem sido originadas de uma única forma de vida unicelular. É sensato e comprovável que existe a evolução das espécies, porém o cerne da questão do Darwinismo não é a evolução, mas a afirmação sem base científica sobre a origem das espécies. Com o advento do humanismo e do existencialismo, e a negação marxista da existência de Deus, algumas questões fundamentais foram colocadas em destaque, do tipo, existem muitas verdades, temos que conviver de forma harmoniosa com a diversidade, porém esta imparcialidade que sugere a existência de um estado laico não passa de uma falácia. A FIFA ao proibir a manifestação religiosa cristã, na verdade se curva a esta pseudo-imparcialidade, e no caso está sofrendo uma pressão comercial, de patrocinadores importantes, que por sua vez tem interesses financeiros do mundo islâmico.

Luiz Carlos Valle - Ap. fundador da Igreja do Avivamento Pleno/Bauru

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"O posicionamento da FIFA evidencia a aproximação de tempos difíceis"


Muitas são as formas pelas quais nossa fé pode ser testada. Seja através de enfermidades, lutas financeiras, calamidades, oposições, perseguições, ação direta do maligno, enfim, inúmeros são os caminhos que moldam nossa vida espiritual e fortalece nossa fé. Minha vida é um exemplo disso.
Tiago nos ensina: "Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes" (Tiago 2:1-3). Mas não é apenas no contexto pessoal que isso acontece. Também isso envolve a prova da fé no contexto coletivo. Vemos por exemplo os inúmeros conflitos religiosos que, ao longo dos séculos, foram responsáveis por moldar boa parte do mapa do mundo que conhecemos. E embora muitos erros tenham sido cometidos em nome da fé, vemos, como pano de fundo, a verdadeira fé sendo testada em meio a movimentos políticos, sociais, religiosos. E o cristão precisa se posicionar. No período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, a Igreja se calou diante de ascensão de Hitler, como também se calou quando as atrocidades começaram a ser desencadeadas para a "solução final". Como temos ouvido varias vezes nas reuniões do Conselho de Pastores Evangélicos, "para que p mal triunfe, basta que o bem faça nada". Precisamos estar preparados para a perseguição. O posicionamento da FIFA e o encaminhamento de Leis, assim como de vários aspectos do Programa Nacional de Direitos Humanos evidenciam a aproximação de tempos difíceis. E o "bem"? O que fará? A recente aproximação do presidente Lula de líderes declaradamente antidemocráticos, e alguns com posições definidamente anticristãs, trouxeram preocupações. Boa parte dos países visitados por Lula são muçulmanos e estão ligados a violação de direitos humanos contra os cristãos. Além disso, essas nações têm de uma forma ou de outra colaborado no terrorismo internacional. O que a Igreja tem a dizer? Fazendo "NADA" contribuímos para que o mal triunfe.

Osvaldo A. Dias Junior - Pastor Igreja Assembleia de Deus da Promessa/Bauru

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"A proposta do Senhor jamais foi no sentido de nos colocar numa bolha"

At. 4.18,19: "Chamando-os, ordenaram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus. 19, Responderam, porém, Pedro e João: Julgai vós se é justo, diante de Deus, obedecer antes a vós do que a Deus;" Desde o começo da Igreja, Satanás tem usado pessoas e meios com o intuito de barrar a proclamação do Nome e Evangelho do Senhor Jesus Cristo. O plano não mudou, ainda que hoje esses meios e instrumentos sejam outros. Nossa resposta como atuais discípulos de Cristo também não pode mudar. Somos hoje, àqueles aos quais o bastão da expansão do Reino de Deus foi passado e não podemos nos calar. Sem dúvida estamos presenciando em nossos dias uma perseguição, ainda que velada. No Brasil já há uma conspiração maligna para que a Igreja se cale quanto a chamar pecado de pecado, sob o pretexto de se estar violando direitos gerados numa democracia hipócrita. Is. 5.20: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!" Creio que no mesmo sentido a FIFA, como órgão máximo do futebol mundial, está apenas refletindo o que é notório no mundo em várias áreas. Como qualquer órgão governado por homens, que não vise a Glória de Deus, ela tem se tornado cada vez mais humanista, e, por conseguinte, encarado o futebol como um fim em si mesmo e não como deve ser, meio de se glorificar a Deus, e de se levantar o Nome de Jesus. Jo.15.20 "Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.".
Não podemos nos esquecer de que a proposta do Senhor jamais foi no sentido de nos colocar numa "bolha", imunes a adversidades e por consequência nos impossibilitando de tocar o mundo. É tempo de, como o apóstolo Paulo fala em Efésios, nos "fortalecermos no Senhor e na força do Seu poder..." Devemos avançar e não recuar temerosos, lembrando que são as portas do infeno que não prevalecerão contra a Igreja e não o contrário. Devemos ter nossa fé alicerçada em Deus, sabendo que Ele é Soberano, está no controle da história, e o Livro assegura a Sua vitória e a nossa com Ele!!!

David Asckar - pastor da Igreja Vineyard de Bauru

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"No Brasil já enfrentamos perseguições religiosas"


Em João 16:33 Jesus disse: "No mundo tereis aflições, mais tende bom ânimo: eu venci o mundo". Em Mateus 5: 11 e 12, no Sermão da Montanha, Jesus também fala para regozijarmos diante da perseguição que veria por buscarmos justiça. Diante dessas duas passagens bíblicas podemos afirmar que a vida do cristão na terra seria de lutas, ou seja, a nossa fé teria que ser testada diariamente.
Com o apóstolo Paulo, já vivemos a perseguição que ele mesmo enfrentou quando se converteu ao Senhor Jesus. Entendo que seguir a Jesus não é uma vida de viver no paraíso como muitos afirmam, já que sabemos que o Reino de Deus é conquistado à força —, à força da nossa fé.
A perseguição que acontece no mundo hoje é assustadora, vejamos, por exemplo, o que acontece na Coréia do Norte, Irã, Iraque, Índia, Paquistão, Afeganistão, Norte da Nigéria e tantos outros países, que, às vezes chegam a uma violência extrema, levando pastores e líderes à morte, prisões e sofrimentos para toda a família, que em alguns casos ficam órfãos de seus pais. Na Europa já vimos algum tipo de perseguição. Ex. Inglaterra. Lá o ensino religioso foi proibido nas escolas para não ofender a comunidade islâmica. E é aí que mora o perigo, pois com o crescimento dessas comunidades em varias partes do mundo podem surgir até mais perseguições.
No Brasil, já estamos sofrendo algum tipo de perseguição? Sim! É só avaliarmos as mudanças e emendas propostas no novo Programa Nacional dos Direitos Humanos, onde certamente, seremos nós Cristãos os maiores prejudicados — Leis não questionamos, obedecemos. Ainda dá para reverter? Creio que sim! Devemos nos mobilizar pressionando a bancada evangélica na Câmara Federal e no Senado, assim como foi o projeto Ficha Limpa, com a população se levantando.
No futebol no caso da FIFA, acho que isso é uma questão política. Baseada na Europa é mais fácil inibir os brasileiros do que ir contra toda a Europa, na verdade, a cada dia que passa será mais testada nossa nossa fé e devemos seguir o exemplo do Apóstolo Paulo em 2 Timóteo 4:7, dizendo: "Vamos guardar a fé". Shalom!

Paulo Sergio da Silva - Pastor da Igreja do Avivamento pleno de Bauru

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