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25 julho, 2011

JCG JULHO: EM SUA PRESENÇA

Somos um povo que ora, certo? Quanto tempo você tem separado para estar na presença de Deus e buscar a Sua Face – apenas pelo privilégio de O buscar e não pelas bênçãos que você espera alcançar? Não, não somos um povo que ora. Somos um povo que pede. Não somos um povo que se relaciona com Deus – somos um povo que adotou a visão utilitarista de Deus.
O coração de Deus almeja ardentemente por intimidade com aquele que foi criado à Sua imagem e semelhança. Mesmo após a queda vemos esse Deus maravilhoso vindo ao nosso encontro e, através de Jesus, abrindo um Novo e Vivo Caminho para nos achegarmos a Ele. Esse é o clamor do coração de Deus. Mas nos perdemos em meio aos nossos interesses pessoais, desejos de prosperidade, ufanismo triunfalista, ativismo religioso e nos esquecemos daquilo que realmente é importante, aquilo que realmente vale à pena, aquilo que é a razão de nossa redenção – a intimidade com o Pai.
Acho muito interessante a oração modelo, por vários motivos. Ela começa identificando Deus como Pai – “Pai nosso...”. Jesus se encarregou de revelar-nos Deus como Pai. Talvez, se Jesus não tivesse dado essa revelação, jamais descobriríamos por nós mesmos que poderíamos chamar Deus de Pai. Mas... Por que Jesus o fez? Será que não bastaria continuarmos vendo Deus como aquele que está assentado no trono, o Supremo Juiz, o Mandatário mor, o que abomina o mal e castiga o transgressor? Não. Certamente era necessário avançar. Sabemos que a revelação de Deus foi progressiva ao longo da História. A maneira como Ele se revelou a Abraão foi superior àquela como se revelou a Noé. A maneira como Ele se revelou a Davi foi superior àquela como se revelou a Abraão. E a maneira pela qual se revelou através de Jesus é o clímax – superior a qualquer outra revelação anterior feita aos Patriarcas ou Profetas. Por isso, a revelação que vem através de Jesus é completa – e ela nos mostra que em Jesus passamos a ter Deus como Pai. Por isso o apóstolo João afirma que todos aqueles que recebem Jesus se tornam filhos de Deus. E essa revelação traz consigo a possibilidade de intimidade, de relacionamento íntimo, próximo, de coração aberto.
Me recordo que, na minha infância, sempre meu pai vinha, na véspera de Natal e, após dormirmos, colocava presentes ao pé da cama de cada um dos filhos. Era tão grande a expectativa que mal conseguíamos dormir, ansiosos por receber esses presentes. E na manhã de Natal levantávamos contentes, festejando e correndo para brincarmos com os amigos. Mas, imagine agora comigo a seguinte situação hipotética: se numa determinada manhã de Natal percebêssemos que não havia presentes. Naquela manhã meu pai chegaria e diria – “Hoje não darei presentes, pois meu presente para vocês é a minha presença. Passaremos o dia juntos, brincaremos e conversaremos do jeito que vocês quiserem”. Qual seria a minha reação e de meus irmãos? Certamente ficaríamos profundamente frustrados – porque só a maturidade valoriza mais a presença que o presente. Num tempo de “Deus utilitário” temos perdido o maior dos privilégios – saímos do centro da vontade de Deus, vivemos ao sabor dos ventos mundanos de interpretação da Bíblia, simplesmente porque não O conhecemos – e porque não o conhecemos, não sabemos os Seus caminhos.
João 4 fala do diálogo de Jesus com a samaritana. Diz o texto que “era necessário” passar por ali. Por quê? Primeiro, porque Jesus não fazia nada que não visse o Pai fazer. Então, ele passaria por ali porque o Pai estava indo ali. Segundo, porque apesar de sua vida de frustrações amorosas, feridas e pecados, havia algo naquela mulher que atraiu a atenção de Deus, que atraiu Sua Presença. Quando ela descobre quem era Jesus não pede para ele resolver seus problemas amorosos nem lhe dar prosperidade – ela quer saber como se adora. É por isso que Jesus declara “o Pai procura adoradores que assim O adorem”. Era necessário passar por ali, porque o Pai procurava – e o Pai havia encontrado alguém. Embora ela tenha corrido à cidade para anunciar “achei!”, na verdade ela é que foi encontrada. Seu desejo pela Presença atraiu Deus e Deus a achou.
Olhe para Moisés. Quando o povo está se rebelando, Deus fala com Moisés que não mais iria com eles, mas mandaria seu anjo. Moisés entra em desespero. Ele sabe que Deus o havia chamado para liderar o povo, sabe também que havia uma promessa feita a Abraão – uma terra que emana leite e mel. Mas quando Deus anuncia que não mais iria com eles, o desespero toma conta de seu coração e ele ora “Se Tua Presença não for conosco, não nos faça sair desse lugar”. Em outras palavras, Moisés está dizendo que abre mão de Canaã, abre mão da promessa, abre mão das bênçãos – mas não abre mão da Presença. O povo se entristeceu quando ouviu o que Deus queria fazer, mas estava disposto a continuar a caminhada – afinal de contas, o que eles mais queriam era a terra, era Canaã, era a prosperidade, era a bênção – não se preocupavam muito se Deus estaria presente ou não. Moisés tinha tudo para abandonar Deus e sentir saudade do Egito, pois vivera no palácio e gozara as delícias das benesses de Faraó. Mas seu coração queria Deus porque um dia, no monte, apascentando ovelhas, a sarça ardeu – ele teve um encontro com a Presença. E quem descobre a Presença percebe que tudo o mais perde o valor. Se tiver Canaã, aleluia! Mas se não tiver, se não receber a bênção, se as coisas não derem certo, aleluia! Sua fonte está na Presença. Sua alegria está na Presença. Sua realização está na Presença.
É aqui que entra nossa responsabilidade como Pastores. Vivemos num tempo em que valorizamos mais “Canaã” que a presença. Estimulamos o povo a crer e buscar promessas de que tudo vai dar certo, tudo será “mar de rosas”, prosperarão, serão curados de todas as doenças – quando Deus não promete isso. Não fomos chamados para as bênçãos – fomos chamados para a intimidade com Ele. Efésios 4 nos diz que Deus mesmo estabeleceu os Ministérios para gerar no povo de Deus unidade na fé, identificação com Cristo, bem como firmeza para não ser levado por erros criados por homens ou demônios. E não há como isso acontecer sem que esse mesmo povo seja levado à maturidade de valorizar mais a Presença que os presentes. E esse é o nosso papel pastoral mais importante, senão único.
Tudo isso tem a ver com o que Deus tem ministrado ao meu coração sobre o verdadeiro papel do Pastor hoje. Nossa função maior, nosso chamado precípuo é conduzir o povo ao conhecimento verdadeiro e íntimo de Deus como Pai. Não é fazer a Igreja crescer, nem ter uma boa estratégia de trabalho, não é ser um bom administrador e estrategista ministerial, nem ser um bom pregador. Nossa maior responsabilidade é intimidade com Deus e auxiliar o povo a entrar na presença de Deus, não pelo que Deus pode fazer mas pelo que Ele é.
Deus não busca pastores que façam o povo prosperar. Deus não busca pastores pelo tamanho das congregações. Deus não busca pastores que preguem bem. Deus busca, sim, pastores que o amam e o desejam mais que o êxito ministerial, que o amam e o desejam mais do que desejam ser bons pais ou bons maridos (ou esposas). Deus busca aqueles que desejam intimidade com Ele. E eu e você, amado líder/pastor, não podemos dar o que não temos. O discípulo não pode ser maior que seu mestre. O povo não seguirá o que pregamos, mas o que somos. Não será o que ensinamos ou fazemos – o povo só será (digo nova e enfaticamente) o que SOMOS.
Deus teve em Saul um bom líder, um bom estrategista, um bom homem, pai e esposo – que fora pedido pelo povo para o governar. Mas quando Deus teve que tomar a iniciativa e escolher, sua opção recaiu sobre Davi – homem segundo seu coração. Deus não escolheu um homem perfeito, alguém que não pecava, um bom marido ou um pai exemplar. Davi falhou em todos esses quesitos mas, como a samaritana, seu coração clamava por intimidade com Deus. “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, nada temerei porque Tu estás comigo”. Seu coração pulsava pela Presença, pela intimidade, por conhecer o coração de Deus.
Li um tempo atrás uma história que ligava três gerações que compreenderam o valor da Presença. Spurgeon, britânico, conhecido como príncipe dos pregadores, foi um dos grandes avivalistas do século 19. Milhares de pessoas foram despertadas e outras tantas se entregaram a Cristo através do seu ministério. Certa vez um jovem pregador americano ouvira falar do grade pregador e resolveu ouvi-lo em um de seus sermões. Naquela noite, durante a mensagem, Spurgeon bradou: “o mundo está para ver o que Deus pode fazer com um homem colocado inteiramente em suas mãos”. Moody sentiu o impacto daquelas palavras e em seu coração fez a seguinte oração: “Deus, eu quero ser esse homem”. E sua vida de intimidade com Deus se intensificou e Moody veio a se tornar um dos maiores avivalistas de seu tempo, conduzindo milhares de pessoas a Cristo, alem de levar outros milhares ao despertamento espiritual. Os anos se passaram e várias décadas depois a professora de uma classe de crianças, nos Estados Unidos, resolveu levar seus aluninhos para visitar a casa em que o grande pregador e avivalista Moddy tinha vivido. Já era início do século 20. Dentre as varias curiosidade mostradas, a professora apontou o quarto de oração onde Moody buscava a presença de Deus, onde desfrutava da intimidade com o Pai. Ao terminarem a visita e chegarem ao ônibus que os levaria de volta a professora desesperou-se ao perceber que uma das crianças não estava ali. Retornou ao interior da casa. Ao aproximar-se do quarto de oração de Moody ouviu a voz da criança vindo daquele aposento, chorando e dizendo “faz de novo, Senhor! Faz de novo, Senhor!”. Com brandura e comovida ela chamou: “Billy Graham, vamos, o ônibus precisa partir”. Esse menino cresceu, desenvolveu, tornou o homem que Deus usou para arrebanhar milhões de pessoas para o Reino.
Creio que Deus está fazendo uma oração hoje. Como assim? Deus orando? Sim... Deus Pai falando consigo mesmo – com o Filho e com o Espírito: “quero fazer de novo! Desejo muito fazer de novo! Onde encontrarei quem tenha sede de nossa Presença?”
 
Pastor Edson Valetim,
Igreja Batista Bereana - Bauru/SP
 
 
 
 
 
 
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"A falta de conhecimento leva muitos
a saírem do centro da vontade de Deus"
 
A igreja de hoje vive muito longe da presença de Deus. Estar na presença de Deus requer de nós tempo, e a falta de tempo no mundo que vivemos é a desculpa mais usada. Mas o tempo separado para Deus não é apenas um dever, mas uma necessidade de todo crente e tempo não é desculpa. Daniel cuidava de 40 províncias da Babilônia e orava três vezes ao dia.
Além disso, hoje o tempo que a igreja separa para estar na presença de Deus, na maioria de vezes, é para pedir Sua intervenção em causa própria, buscando a Deus não pelo que Ele é, mais pelo que Ele pode oferecer. A falta de conhecimento tem levado a muitos saírem do centro da vontade de Deus. Por isso, a igreja que deveria influenciar de maneira positiva isso, acaba sendo influenciada pelos ventos mundanos. Em Rm12.2, o Apostólo Paulo diz: “Não vos conformeis com este mundo e em Efésios 4.14 lemos: “Levados por todo vento de doutrina, pelo engano de homens que pela astúcia induzem ao erro.
A bíblia é clara, acompanhe: “Porque virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas tendo coceira nos ouvidos, cercarse-ão de mestres segundo suas próprias cobiças e se recusarão a dar ouvidos a verdade, voltando as fábulas.” O Livro sagrado diz ainda, que a falta de conhecimento e a rejeição ao Conhecimento leva a destruição. Moisés viveu quarenta anos achando que era alguém, foi para o deserto e viveu mais quarenta anos vendo que não era ninguém. Na presença de Deus, Moisés viu que Deus pega o ninguém, e o transforma num grande instrumento usado por Ele.
Nós pastores estamos nos esquecendo de quem Deus e queremos conduzir o povo do nosso jeito. Escondemos o deserto debaixo do tapete, e apresentamos só a terra prometida. Quando o povo descobre que antes da terra prometida tem que passar pelo deserto, vem a frustração e o desânimo e até o abandono do caminho da verdade. Ser pastor é ter chamado e também um dom de Deus, não um título, conforme Efésios diz 4.11. Vejo que muitos levando o povo a "caminhos", menos ao verdadeiro e intimo de Deus. “façam o que eu digo,mas não façam o que eu faço”, essa é minha opinião.


Paulo Serinolli,
Pastor Pres. da IBMV Igreja Batista Manancial da Vida-Jaú


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"A superficialidade é a
 maldição de nosso tempo."
 
Vivemos tempos difíceis, tempos que exigem do pastor quase que um status profissional. Hoje somos bombardeados com idéias de sucesso ministerial que parecem competir com sucesso empresarial. Atualmente os pastores são instigados a “produzir”, como “operários da fé”. Se não entrarem no esquema, se não se adequarem ao proposto, então correm o risco de serem vistos como medíocres. Num tempo que exige de nós profissionalismo, pressa, números e produtividade, nada parece ser mais contraditório que palavras como serviço radical, tranqüilidade, devoção e piedade.
Richard Foster vai dizer algo da qual vou concordar em gênero, número e grau: “A superficialidade é a maldição de nosso tempo”. Infelizmente milhares de cristãos freqüentam as igrejas e não possuem nenhum tipo de conhecimento e comunhão com o Senhor. Isso é muito preocupante. Que tipo de cristãos existe hoje? Quantos sabem fundamentar sua fé e quantos estão realmente comprometidos com o crescimento espiritual? Não podemos ser pastores com quilômetros de largura e centímetros de profundidade. Precisamos crescer, sem, entretanto descuidar da qualidade de vida que deve cercar cada crente em Jesus. O apelo do apóstolo Paulo continua a nos inquietar: “... rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação que receberam” (Efésios 4:1). E fomos chamados para que? Para viver cantando e orando? Fomos chamados para buscar um sucesso humano a qualquer custo? Não! Fomos chamados para viver como Jesus.
Mas isso vai de encontro às idéias de hoje. Não raramente vemos muitos pastores que tentam achar a “pedra filosofal” do crescimento, tentam achar o “segredo” para um ministério efetivo e bem sucedido. A verdade, entretanto é que estas coisas nada mais são que entretenimento barato e tecnicismo humano. Elas não produzem crescimento espiritual consistente e se baseiam numa experiência empírica, epidérmica e que acaba quando o efeito do “ópio espiritual” termina.
Dietrich Bonhoeffer disse algo interessante: “A graça barata é o inimigo mortal da nossa Igreja. Hoje combatemos em favor da graça cara”. A graça barata é a graça considerada como uma mercadoria que está em liquidação, em que o perdão e a mensagem da cruz passam a ser desperdiçados em detrimento do conforto das pessoas. A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, o batismo sem disciplina, a ceia sem confissão, é a graça sem cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo.
Desta forma podemos dizer que o caminho da graça de Deus é um caminho disciplinado. É graça porque é de graça, mas não é barata. A graça cara é aquela que o discípulo segue o Mestre. É cara porque custou a Deus entregar Seu próprio Filho na cruz. É cara porque implicou na encarnação do Deus eterno. Implica em segui-lO a qualquer lugar, em qualquer tempo, sem olhar para trás, sem observar o conforto pessoal ou qualquer outro benefício. Esse é o caminho que devemos caminhar. Não é fácil, envolve comprometimento total e irrestrito, envolve disciplina e custa caro, pois ao nos colocarmos de joelhos aos pés de Cristo invocaremos os piores poderes do inferno contra nós. Mas diante da secularização de nosso tempo, da falta de envolvimento das pessoas e do profissionalismo que encurralam tantos pastores, o único lugar seguro está aos pés Daquele que foi radical em Seu Ministério e nos chamou com uma santa vocação: “Segue-me”. Por isso pastores, dobremos nossos joelhos e nos humilhemos diante dEle, pois somente a Sua presença pode conferir a nós uma vida cristã autêntica.


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"A igreja tem a cara do pastor.
Não adianta pregar, ensinar e não viver."


Certa irmã, diretora de uma empresa, era o que podemos chamar de uma bênção na igreja. Louvava e adorava como poucos, pulava, dançava e, por vezes, era arrebatada. Parecia uma pessoa que vivia na presença de Deus, mas para surpresa de todos, não era bem assim. Em seu ambiente de trabalho, ou seja, fora da igreja, ela se comportava como outra pessoa, era dura, arrogante e sem amor. Quando questionada sobre a sua postura perante seus colegas ela simplesmente disse: Não misturem as coisas, não confundam a irmã da igreja com a chefe.
Pois bem! Aí fica a pergunta para nós pastores. O que temos ensinado ao povo? Infelizmente este é um fato bastante comum: a separação da vida secular da vida religiosa. Nós igreja, nos especializamos em manifestar a presença de Deus, num ambiente carregado de emoção cheio de clima para tal. Mas quando terminado o culto, tira-se a tomada da rede da unção, e vamos viver de maneira natural, sem santidade — confundidos com um sistema opressor.
E tem mais, pela urgência de resultados apelamos para modelos prontos - instantâneos. E o que vemos por aí? Vemos infelizmente, vidas que se amoldam ao ambiente, aprendem a buscar pela necessidade e, só.
Pastores: olhemos para nossas vidas. Oramos e jejuamos para recebermos uma mensagem para o povo, mas estamos nos esquecendo da intimidade, do relacionamento pessoal com Deus.
Sempre ouvi dizer que a igreja tem a cara do pastor, que não adianta pregar, ensinar e, não viver. Thiago 1:22 a 24 diz: “Não se enganem, não sejam apenas ouvintes desta mensagem, mas ponham em prática. Porque aquele que ouve a mensagem e não põe em prática é como uma pessoa que se olha no espelho e vê como é, depois vai embora e logo esquece sua aparência.”
Só vivendo a presença de Deus nós podemos experimentar Sua glória.
 
Pedro Peres,
pastor da Comunidade Ev. Nova Aliança - Agudos/SP


 
 
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"Deus está esperando por uma igreja
que verdadeiramente ame a sua presença."

Estamos vivendo no tempo da velocidade. Tudo tem que ser muito rápido, na hora! A internet, o carro, o trem, até nossas orações tem que ser rápidas! A sensação é de que o tempo não vai ser suficiente para os milhões de compromissos e planos que formamos para aquele dia, e isto tem nos levado a um nível de ansiedade e estresse que rouba toda a nossa sensibilidade. As coisas que realmente tem valor vão passando despercebidas aos nossos olhos. Estamos atrás dos valores imediatos, que dão prazeres momentâneos e pessoas não estão incluídas nesta lista, a não ser quando elas se tornam coisas.
Quanto tempo faz que não paramos para ouvir as pessoas, sentar com elas e compartilhar de suas dificuldades? Passamos de largo aos seus problemas, não percebemos suas carências nem mesmo das mais próximas. E isso se aplica também à nossa vida espiritual. Nosso relacionamento com Deus também é superficial, nossas orações quase sempre são formais, e quando oramos com fervor são para atender nossos interesses egoístas: ¨Deus me dê vitória, Deus me dê força, afinal tenho muito trabalho a fazer!”Com isso, perdemos o melhor de Deus, nos contentamos apenas com suas bênçãos, achamos que é o melhor que podemos ter Dele. Quanto tempo faz que não vamos ao culto apenas para estar na Sua presença?
Algumas pessoas vão à igreja porque gostam do louvor, outras porque gostam da palavra, mas quantas vão porque gostam de entrar na presença de Deus? Quanto tempo faz que não vamos à igreja simplesmente para oferecer as nossas vidas como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus? Temos que aprender com Maria a ficar aos pés de Jesus, deixar a ansiedade de Marta, pois Jesus disse: "Uma coisa é necessária e ela escolheu a melhor parte." Temos pago um preço alto por não discernirmos o valor da sua presença, pois não conhecemos de fato quem é Deus, e fica difícil ser parecido com Ele quando não temos esta intimidade, então, aceitamos as imitações do diabo, e criamos um modelo de igreja que não se parece em nada com a igreja de Jesus!
Sei que têm faltado líderes que demonstrem esta paixão pela presença de Deus. Muitos querem apenas ser bons preletores, estão preocupados apenas em manter igrejas cheias, um belo prédio, fazem cultos para agradar homens e não a Deus, não valorizam a presença Dele e sim, o seu poder. Mas não temos que ficar achando culpados, cada um de nós tem a responsabilidade de mudar esta realidade. Deus está esperando por uma igreja que verdadeiramente ame a sua presença, que o adore sem interesses, que o conheça como Moisés conhecia, que sabia que a sua presença não podia ser trocada pelo seu favor! Como Davi que disse: ¨Um dia na sua presença vale mais que mil em qualquer outro lugar¨. Salmo 84:10. O segredo é se aquietar, Deus se revela no silêncio da nossa alma, ¨Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus¨ Salmo 46:10

Luiz Leme Junior
pastor da Comunidade Monte Santo - Bauru



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