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30 abril, 2012

JCG ABRIL: QUEBRANTAI-VOS


O cristianismo de hoje está muito distante daquele vivido, anunciado e ensinado nos primeiros tempos. Vemos hoje um triunfalismo rasteiro que leva os cristãos a proclamarem vitória, êxito, prosperidade sem que isso de fato seja visto na prática. Principalmente o que não se vê é a correspondência entre essa declaração de vitória e bênçãos com uma vida piedosa de busca, oração, meditação, simplicidade, liberalidade e santidade.
A todo o momento vemos as pessoas se alegrando e exultando, dando glórias e aleluias quando ouvem sobre coisas boas que Deus se dispõe a fazer em nosso favor - seja um trabalho novo, a troca do carro ou a cura de alguém querido. Mas não vemos essas mesmas pessoas exultando com a mesma intensidade porque gastaram um tempo na presença de Deus apenas para usufruir de sua intimidade, nem as encontramos gastando um tempo para estudar a Bíblia, movidas apenas pelo desejo de conhecer mais sua vontade. Temos grandes reuniões de campanhas de prosperidade, de busca da novidade do momento, mas não vemos templos cheios de pessoas querendo orar, e muito menos desejando descobrir como ter um coração de servo, como perdoar mais, como se humilhar, como cuidar dos necessitados, dos órfãos e das viúvas. Esse é o tempo da barganha, da lei de Gerson, do levar vantagem em tudo - até no relacionamento com Deus. 
Parafraseando Richard Baxter, Jesus não veio com sua graça salvadora ao seu coração para ser tratado ali com desprezo. Ele veio em carne com o propósito de ser humilhado, mas veio em espírito à sua vida para ser exaltado. Hoje Cristo está longe de ser exaltado através de sua amada e desejada noiva, a Igreja. A santidade, que deveríamos ostentar com honra a Ele por seu amor e obra redentora, é aviltada pela vida de pecado com que vivemos. Infelizmente temos muitos que, se dizendo cristãos, vivem mais comprometidos com o mundo que com o Reino de Deus. Há aqueles que dizem seguir a Jesus, mas consideram enfadonhas as conversas que giram em torno da Bíblia, que falam de santidade ou vida piedosa. Até sentem alguma tristeza quando pecam, mas logo aliviam o peso da consciência fazendo coisas religiosas que compensem. Há até os que deixam pra lá sendo guiados pela "síndrome de gabriela": "eu nasci assim, eu sou sempre assim, as coisas não mudam comigo, vou morrer assim". Tal peso de consciência, só aparece depois de haver pecado, gerando alguma tristeza e o pensamento de que aquele pecado não deveria ter acontecido. Mas não consegue sentir repulsa pelo pecado antes que ele brote e dê frutos. E porque mesmo nós líderes estamos longe de uma vida de quebrantamento, esse tipo de comportamento vai enchendo a Igreja com pessoas de conversão duvidosa, crentes raquíticos, pessoas sem compromisso com Aquele que Reina. São pessoas sem convicções espirituais porque nunca mortificaram suas inclinações e paixões carnais e egoístas. E isso, em muitos casos, começa no púlpito, naqueles que vendem suas igrejas (como se fossem realmente donos), trocando-as por votos nas eleições a fim de usufruir de benesses que passam longe dos interesses do Reino. Isso, em muitas das vezes, passa pelos púlpitos de nossas Igrejas, nas negociatas e politicagens de bastidores na luta pelo poder denominacional.
Cristianismo raso, sem intimidade com Deus. Cristianismo que nada mais é que religião - e religião significa fazer coisas para Deus sem que Deus esteja envolvido. Tal definição é clara quando vemos a quantidade de pessoas que hoje chamam de fé aquilo que nada mais é que pensamento positivo. Se pensarem positivamente, Deus abençoa. Se disserem alguma coisa negativa, traz maldição. Se determinarem, Deus tem que cumprir suas promessas. Enfim, há uma multidão de cristãos que nada mais fazem que transformar o Senhor dos Senhores em servo dos seus interesses mundanos. Céu? Pra que Céu? Não se preocupam com a eternidade porque Céu é algo para após a morte. Depois que usufruírem de todos os bens que buscam nas "campanhas" e nos "desafios espirituais", então, poderão usufruir da morada celestial. E através dessa "teologia da prosperidade" cada vez mais cristãos se apegam às coisas desse mundo, as quais lhes são tão queridas e desejadas - a ponto de sequer cogitarem abandona-las em favor da esperança gloriosa da intimidade com o Pai Celeste. Pensam que a vida eterna é boa, que realmente querem viver com Cristo na eternidade, mas... isso é pra depois. Por enquanto, "somos mais que vencedores"; por enquanto, "pedi e dar-se-vos-á", etc. São textos verdadeiros, mas muitos correm o risco que apelarem para tais escritos quando se encontrarem face a face com o Rei - e ouvirem: "não vos conheço"(Mateus 7:21-23). 
Precisamos, talvez como em nenhum outro momento da história, que Deus venha, nos humilhe e nos faça compreender outra vez que somos apenas pó. Que Deus nos faça conscientes de que não merecemos bênção alguma, senão apenas o inferno. E se Ele quiser dar-nos o céu, isso será resultado somente e tão somente de sua bendita graça - nunca porque tenhamos feito algo por merecer. Se ele quiser abençoar-nos, curar, prosperar, será apenas porque Ele decidiu fazê-lo por sua soberana vontade. 
Em Êxodo 32 lemos que, após fugir da Presença de Deus que se revelava no monte, o povo esperou um tempo por Moisés. Cansados de esperar chamaram Arão e disseram: "não sabemos o que aconteceu com Moisés. Faz para nós um deus (ELOHIM) que vá adiante de nós". Arão pegou as jóias de ouro que o povo doou e fez um bezerro de fundição. Arão então disse: "eis aí o teu deus (ELOHIM) que te tirou da terra do Egito". Edificou um altar diante do bezerro e proclamou "amanhã haverá festa ao Senhor (YAWEH)". Então, "no dia seguinte, se levantaram cedo e ofereceram holocaustos e trouxeram ofertas pacíficas. O povo sentou-se para comer e beber, e depois levantou-se para entregar-se aos seus deleites". Mas o que é idolatria? É a criação e a adoração de um deus que possa estar à nossa disposição para cumprir os nossos desejos. Há muitos cristãos que pensam adorar Jesus mas na verdade são idólatras - adoram um ídolo que criaram em suas mentes e o chamam de Jesus. Não querem um Senhor, mas um servo. Foi isso que aconteceu com o povo de Israel. Não foram capazes de esperar em Jeová - criaram um "Jeová" que lhes desse o que desejavam. Estavam enganados quanto ao próprio relacionamento com Ele. Veja que eles chamavam de ELOHIM, reconheciam que ELE os tirara do Egito com poder e lhe ofereceram holocaustos e ofertas pacíficas. No entanto adoravam um bezerro quando pensavam estar adorando a Yaweh. Veja que revelador: depois de oferecerem seus sacrifícios e ofertas "levantou-se para se entregar aos seus deleites". Esse é o exemplo daqueles que foram salvos, tiveram uma experiência de novo nascimento, cantam e dançam quando vão à Igreja, dão suas ofertas, são dizimistas, frequentam sempre a Igrejas em seus cultos, mas saem e mentem para conseguir uma venda (ao mesmo tempo em que falam de bênçãos materiais); fazem críticas contra seus pastores e líderes; atendem os apelos, mas buscam a pornografia, ou envolvem-se com fornicação, ou adulteram; declaram amor por Jesus, mas estão com o coração cheio de mágoa contra o irmão; afirmam que Jesus é Senhor, mas são soberbos e orgulhosos. Pensam que adoram Jesus, mas apenas são idólatras - pois cultuam um "deus" que aceita o que quer que ofereçam. Precisamos de quebrantamento porque nosso coração é dobre. Ainda misturamos o santo e o profano e não discernimos entre o puro e o impuro (Ezequiel 22:26). 
Precisamos de quebrantamento porque ainda somos muito idólatras. Adoramos um "jesus" que criamos em nossas mentes, que aceita o tipo de vida vivemos, que se contenta com o nível de espiritualidade que aparentamos, que convive com os pecados que grosseiramente ainda praticamos. NÃO! Esse não é o Jesus da Bíblia. Esse não é aquele que venceu a morte e o inferno! Decididamente não é. Muitos se deixam enganar pela mensagem triunfalista', considerando que somos merecedores de alguma bênção, que somos fortes. Por isso líderes correm de um para outro lado em busca da "fórmula de sucesso" que possa atrair mais pessoas. Por esse motivo, vemos muitos cristãos raquíticos declarando em alto brado que são vitoriosos, prósperos, que seus inimigos tem que fugir (dentre outras formas de exaltação do próprio vigor), mas que raramente se dedicam à busca da intimidade com o Santo. O verdadeiro quebrantamento começa quando começamos a compreender nosso verdadeiro estado espiritual, consiste na compreensão clara do quão terríveis são nossos pecados e o quanto somos condenáveis por eles. Pessoas quebrantadas tem pensamentos humildes acerca de si mesmas. Alguém quebrantado na sua vontade tem um profundo arrependimento por ter pecado. Sofrer perdas, danos, ofensas, traição se torna pouco diante da horrenda possibilidade de ofender a santidade de Deus. Sua alegria seria a de poder honrar Deus mesmo que para isso tivesse que sofrer perdas terríveis.
 Infelizmente somos muito ágeis em nos ofender, e essa é uma das maiores razões para os "rachas" nas Igrejas. Orgulhosamente não admitimos que outros nos considerem menos. Por quê? Simplesmente porque falta-nos o verdadeiro quebrantamento. Uma pessoa ainda não quebrantada está sempre procurando se defender e justificar. Tal pessoa busca sempre atenuar sua culpa, jogando a responsabilidade sobre outros, diminuindo a sua própria. Quando o orgulho toma conta no relacionamento, a parede de separação é erguida. A culpa sempre será do outro. Falta quebrantamento. Essa é a grande razão para a falta de unidade entre nós (evangélicos). Sempre acharemos no outro uma justificativa para não andarmos junto.
Uma das evidências de que você está realmente quebrantado é que perde todo interesse em se desculpar, em se justificar. Não há mais a intenção de esconder, justificar, transferir culpa. A isso, então, se segue a disposição e o desprendimento que leva à confissão clara a aberta do pecado. A maior evidência da falta de quebrantamento está justamente na quase absoluta ausência de confissões públicas de pecado. A começar dos líderes, fugimos da confissão, pois não consideramos a santidade de Deus e o quanto nosso pecado nos faz odiosos diante dela. Precisamos quebrantamento para que o Espírito Santo volte a ser o Professor, o Guia, o Consolador, o que determina os rumos da Igreja. 
Precisamos porque só assim honraremos o Deus Santo e Justo, em quem não há sombra de variação. Precisamos quebrantamento para que a Graça nos alcance em nossa frieza e o Fogo do Céu volte a aquecer a Igreja.


Por  Edson Valentim
Pastor da Igreja Batista Bereana de Bauru, Vice-presidente do CONPEV - Conselho de Pastores de Bauru e Coordenador teológico do JCG.



• APARTES •



"Infelizmente temos feito tudo ao contrário"


Está mais do que na hora de nos quebrantarmos. Falar sobre isso é importante, porque quando há um quebrantamento verdadeiro, a palavra nos ensina que Deus se aproxima intensamente de nós, e isso é tudo o que precisamos (Sl. 34:18).
É fato que temos nos comportado erroneamente diante de Deus, quando exigimos os "milagres" sem ter com Ele um profundo relacionamento. Estamos muito mais interessados no que tem nas "mãos" do Senhor, do que viver nossa vida pra Ele, ou seja, buscando sua face como está escrito em 2CR.7:14,15.
 Infelizmente temos feito tudo ao contrário. Na verdade, em primeiro lugar tem que haver quebrantamento, arrependimento, humilhação, e esses comportamentos atrairão a atenção de Deus que garante responder com bênçãos na vida daquele que O busca.
Mas o erro não está no povo, e sim, nos líderes que por medo de perder os membros, ou por interesses pessoais no evangelho, não tem ensinado a forma correta de viver a palavra, que não mudou. E a única forma de vivermos o Reino de Deus é debaixo de arrependimento e quebrantamento.


Bispa Nádia Roda
Igreja Resgate Church,  Jaú -SP

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"O que é de graça para nós, custou um grande preço para o nosso Deus"

"Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, − pela graça sois salvos..." (Efésios 2.4-5).
Se a falta de quebrantamento é evidenciada pela ausência de confissões públicas de pecado, esta ausência de confissões públicas é fruto, por sua vez, do nosso distanciamento da convicção genuína da graça de Deus. Deus nos amou quando estávamos mortos em nossos delitos. Ele é quem nos deu vida.
Nós não deveríamos jamais falar dos privilégios da salvação ou das obrigações do reino de Cristo sem antes enfatizarmos a maravilhosa graça de Deus. É esse reconhecimento que nos leva sempre à cruz de Cristo e a um senso renovado e mais profundo de gratidão. Assim, a alegria nos cultos prestados a Deus não estaria mais tão ligada ao atendimento dos nossos caprichos manifestos em nossas orações e súplicas egocêntricas. Não estaríamos tão ansiosos pelo que Deus ainda fará por nós. Não exaltaríamos a nossa insaciedade por bênçãos. Porém, acima de tudo e apesar de todas as circunstâncias, exaltaríamos o milagre da cruz, agradeceríamos e falaríamos daquilo que Deus fez por nós em Cristo Jesus – O que é de graça para nós custou um grande preço para o nosso Deus.
Esta consciência tiraria do nosso coração a leviandade com que lidamos com Jesus Cristo nos nossos dias e traria um verdadeiro quebrantamento. Vejo que a falta de quebrantamento está muito ligada a nossa postura de merecimento diante de Deus. Usamos a cruz de Cristo de uma maneira equivocada reivindicando direitos de filhos, quando deveríamos, na verdade, nos colocar ajoelhados agradecendo a Deus pelo seu grande perdão.
Se não levamos em consideração a cruz de Cristo, consequentemente não contemplamos a intervenção de nosso Deus se aproximando de nós e se nos revelando com misericórdia o seu amor. E, arrogantes, exigimos de Deus um tratamento especial que não combina nem um pouco com aquele coração que se chega a Deus dizendo simplesmente: “Senhor, tenha misericórdia de mim, porque sou pecador e só o Senhor é quem me redime por meio da sua misericórdia revelada em Cristo Jesus”.
Vamos exaltar a misericórdia de Deus, não tanto pelo que ele faz agora em nossa vida, porém, pelo que ele já fez em Cristo Jesus: “Pela graça somos salvos”.


pastor Job Q. Vieira
Igreja Holinesss de Pompéia/SP

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"O quebrantamento não é inerente ao homem, não é algo que somos capazes de produzir" 



John J. Parsons disse que: “quebrantamento é o meio pelo qual Deus realiza alguns dos seus mais profundos trabalhos dentro de nossos corações”. Ao pensar na palavra quebrantamento, a primeira pessoa que me vem à mente é Davi. Creio que ele entendeu e provou o real significado de estar quebrantado, como poucos ao longo da historia cristã. Mas o que levou Davi a experimentar este sentimento tão profundo que pra muitos é incógnito? Davi experimentou o quebrantamento após ser confrontado pelo profeta Natã por cometer adultério com Bate-Seba e matar o marido dela, Urias. 
Como resultado deste confronto, Davi escreveu o salmo 51, um salmo de profundo arrependimento e quebrantamento, e mediante alguns versículos deste salmo que busco compreender o significado do quebrantamento.  Vejamos: “Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” “(Sl. 51.16,17). 
Primeiro:Davi entendeu que, para os pecados que ele havia cometido (adultério e homicídio), não havia sacrifício que pudesse ser oferecido a Deus como reparação. É preciso deixar bem claro que Davi não era contra sacrifícios, entretanto, ele sabia que na Lei não havia sacrifício para o seu tipo de pecado. Quando alguém cometia adultério e homicídio, a pena era o apedrejamento, por isso não adiantava oferecer sacrifício algum. 
Segundo: Davi entendeu que só existia um tipo de “sacrifício” que poderia ser oferecido a Deus como única solução para o seu pecado, “os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado”. Por quê? Porque a palavra quebrantado no hebraico significa destruído, mutilado e aleijado, ou seja, alguém que é incapaz de oferecer qualquer coisa a Deus. Davi aprendeu uma das maiores verdades sobre o relacionamento do homem com Deus: Deus não despreza as mãos vazias de um mendigo clamando por misericórdia, esta é a oferta que Deus tem prazer em receber. É um paradoxo: Deus só recebe a oferta, quando entendemos que não temos nada para oferecer a Ele. 
Terceiro e último lugar: Davi aprendeu que o quebrantamento não poderia ser apenas uma ideia filosófica. O quebrantamento é algo que deve acontecer no coração. O coração para o hebreu era usado como metáfora para todo o ser do homem, mente, emoções e volições. Ao dizer que: “um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus”, Davi compreendeu que o quebrantamento deveria ser algo radical, que afetasse toda estrutura humana. 
Termino com uma pergunta: Por que Deus não rejeita um coração quebrantado? Porque é algo que Ele mesmo produz no homem. O quebrantamento não é inerente ao homem, não é algo que somos capazes de produzir. Deus não recebe nada que ele mesmo não produza. E se não fosse assim, nos orgulharíamos do nosso próprio quebrantamento, pois como alguém já disse: “o orgulho é o pior dos pecados, pois se alimenta de qualquer coisa”, mas, como bem sabemos, Deus não divide a sua glória com ninguém. “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp. 2.13). 
Refletindo nas palavras de A. W. Tozer, quando disse para termos “cuidado com qualquer líder cristão que não ande como um coxo”; concluo que precisamos estudar a doutrina do quebrantamento com mais afinco, pois em nossos dias há uma busca insaciável por prestígio, por poder, por títulos. Carecemos de homens e mulheres, que se dizem cristãos, que passem pelo vau de Jaboque e sejam realmente tocados, e assim, quebrantados por Deus. 

Pr. Fernando H. de Mattos Souza
Igreja Batista no Jd. Marambá/Bauru 



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"Muito me intriga que os cristãos de hoje desejam se enveredar pela moda..."

Escrevendo à igreja de Roma, (Romanos 12:1) o Apóstolo Paulo sai do seu tempo e se projeta nos tempos modernos, da igreja moderna...
Tal fato deve-se as ambições humanas que ao longo dos anos estão submetidas ao modernismo, onde aquilo que era já não é mais. Muito me intriga que os cristãos de hoje desejam se enveredar pela “moda”, uma vez que, se agirmos assim, seremos colocados de lado.
 Vejo em paralelo ao tema em questão. A IGREJA de Cristo perdeu suas características primárias e quando isso aconteceu, veja no que deu: está perdida.  A IGREJA que deveria propagar que somos servos, vê-se assentada à mesa e mandando naquele que serve, e no caso, não estamos falando de um garçom, mas sim, do próprio Filho de Deus. Vejamos o que seria um servo: Nos tempos passados, era aquele comprado em feiras e colocados para trabalharem a disposição do seu senhor; depois de anos, esse servo, era colocado para ser líder dos servos, mas ainda continuava servo.  O tempo passava, e quando já não mais podia produzir algo a seu senhor, era então dispensado e entregue a família para morrer junto com eles, sem direito a nada.
Mas quais eram os direitos dos servos? Nada! E quais os benefícios de ser servo? Somente viver na casa do seu senhor à “disposição” Dele.
 Pela visão do Apóstolo Paulo, observamos que a IGREJA deveria viver para aquilo que foi criada, mas ao passar dos anos, envenenada pela ambição humana, saiu da posição de servir e, hoje, quer mandar. E aí pergunto: em que situação o servo manda na casa do seu Senhor?
Os ensinamentos nos púlpitos de hoje não passam apenas de “massagens para o ego cristão”. Pastores deixaram de ser profetas e passaram a massagistas espirituais, pois se assim não agirem, perderão seus adeptos do mundo moderno. Onde está a igreja dos tempos antigos que ao aceitarem a Palavra de Salvação, esmeravam-se em anunciar o Reino do nosso Senhor Jesus Cristo?
O real QUEBRANTAMENTO é aquele que vem do reconhecimento daquilo que somos para Deus, apenas servos e nada mais.


Pr. Jonas Viera 
Igreja Ev. Quadrangular de Agudos/SP

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"Acredito que a falta de Quebrantamento destrói toda e qualquer liderança"

Eu também acredito que a falta de Quebrantamento destrói toda e qualquer liderança. Nos dias de hoje, as “igrejas” se tornaram liberais demais. O mundo entra, senta e ainda glorifica junto com os que se dizem coerdeiros do Senhor Jesus. Nos últimos 15 anos, nas igrejas neopentecostais se prega muito sobre autoajuda, mas o evangelho é renúncia, é quebrantamento, é confronto, e não autopromoção.
Nós vemos na palavra, Jesus dizer que bom é o Pai. Ele nunca trouxe a glória pra si mesmo. Hoje nós vemos os líderes dizerem que são “bons” quando pregam, quando oram, e se esquecem que o poder vem do nome de Jesus.
Outra coisa que vemos na palavra, é que Jesus falou mais sobre o inferno do que sobre o céu, e hoje se fala mais sobre as bênçãos, do que sobre o dono delas. É necessário voltarmos onde caímos e nos quebrantarmos urgentemente, pois o Senhor Jesus logo bradará nas nuvens, e o que vamos apresentar a ele: Um coração quebrantado ou um coração orgulhoso de suas obras.

Pr. Leonardo Olivar 
Igreja Bíblica Nova Jerusalém da Chác. Ferreira, Jaú/SP








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