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26 junho, 2012

JCG Junho: Política do Bem


Infelizmente vivemos num país onde a sensação de impunidade e corrupção é muito intensa. A ONG Transparência Internacional fez uma pesquisa sobre o índice de percepção da corrupção. O Brasil teve uma ligeira evolução, de 3,7 para 3,8, no índice de percepção da corrupção, mas caiu quatro posições na classificação geral do relatório. O país ocupa a posição 73 na lista de 180 países. A ONG mede o índice de percepção de corrupção, baseado em dados de 13 instituições, entre elas o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial.
A partir disso muitos questionam a ação da igreja e dos cristãos na política. Há pelo menos seis visões errôneas do cristianismo na política e que precisam ser esclarecidas. A primeira visão errada é aquela de que O Governo deveria forçar alguma religião. Muitos cristãos pensaram assim no passado e isso gerou uma série de guerras religiosas (séculos XVI e XVII). O ensino de Jesus não é esse, pois Ele distingue a ação de César e a ação de Deus. Com isso, Jesus estabelece uma diferença em relação ao Antigo Testamento (Lucas 9:52-56). Jesus recusa-se força uma religião. A fé genuína em Deus tem que ser motivada pela ação do Espírito Santo que sujeita a vontade humana a de Deus.
A segunda visão errada é a de Excluir a religião do Governo. Isso tem acontecido muito nos EUA, na França e até no Brasil também. Romanos 13 nos mostra que as autoridades são servos de Deus. Infelizmente, muitos tentam confundir a liberdade de religião com a liberdade da religião. Essa visão de excluir a religião do governo tem como objetivo a destruição moral da sociedade.
A terceira visão errada é a que Todo governo é demoníaco e mal. Há pastores que pensam que Satanás é o CEO dos governos. Chegam até a usar Mateus 4:9 como base para isso. Na verdade, Jesus diz do Diabo “... Ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, pois nele não há verdade. Quando ele mente, fala do que lhe é próprio, pois é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44). Quando Satanás disse que daria a Jesus todos os reinos da terra ele estava mentindo, pois nenhum reino da terra é dele. Não podemos construir posições em cima das palavras de Satanás.
A quinta visão errada é aquela que diz: Evangelize, não faça política. Essa visão parece ser bem espiritual, mas não é. Essa posição diz que se nos envolvermos na política isso não trará nenhum benefício espiritual. Entretanto, a Palavra de Deus nos diz que “... fomos feitos por ele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, previamente preparadas por Deus para que andássemos nelas” (Efésios 2:10). A salvação é somente pela fé (Efésios 2:8,9); mas uma vez justificados pela fé devemos fazer boas obras, e isso implica em educar filhos, ser fiel com as pessoas, ajudar os pobres, entre outros. O Evangelho de forma completa deveria transformar a sociedade (Mateus 5:16). Se afirmarmos que amamos nosso próximo deveríamos então desejar um bom governo. Observe a história e verá que os cristãos influenciaram as leis romanas sobre o infanticídio e o aborto (376 d.C.), que por influência da Igreja foram criadas Leis sobre os gladiadores (século V d.C.). No século XIX William Wilberforce (1807), político e filantropo inglês, após sua conversão em 1785 mudou seu pensamento e foi um dos que lutaram para que o comércio escravo fosse abolido. Os abolicionistas nos EUA (1830) lutaram contra a escravidão, 2/3 eram pastores. E no século XX Martin Luther King Jr (1960) lutou contra a segregação racial.
E a sexta visão errada diz: Faça política, não evangelize. Esse é o resultado daquelas pessoas que se envolvem com a política e esquecem-se do resto. Pensam assim: “Se escolhermos um bom político e tivermos boas leis, então tudo irá bem”. Isso não é verdade. O coração humano é mau e só Jesus pode mudar o coração humano.
Mas qual seria a visão correta? A influência significativa dos cristãos no mundo. Quando lemos a Bíblia vemos que Deus usou pessoas na sociedade para expressar a glória de Deus. Temos exemplos maravilhosos, tais como: José (Gênesis 41:40), Daniel (Daniel 4:27), Jeremias (Jeremias 29), Neemias (Neemias 1:11), Mordecai (Ester), João Batista (Lucas 3:19) e Paulo (Atos 24). A Bíblia nos mostra que homens de Deus influenciaram a história. Nós somos cidadãos do céu, e nossa pátria, de fato, não é aqui. O Senhor pediu que o Pai nos protegesse e nos santificasse por meio da Palavra (João 17:14-17). E certamente nossa postura política como cidadãos do céu, que se pautam pela Bíblia, será bem diferente daqueles que vivem sem uma orientação cristã. Essa postura diferente vai gerar uma forte oposição, porque como disse Jesus, “o mundo os odiou, pois não são do mundo”.
Precisamos compreender alguns detalhes importantes sobre como deve ser nossa postura política como cristãos comprometidos. Primeiro precisamos nos lembrar de que O governo civil é necessário para estabelecer a ordem. Por causa do pecado humano Deus instituiu o governo humano. Um bom governo é aquele que pune o ímpio e protege o justo (Provérbios 20:26; 29:4). A função do governo é estabelecer as leis corretas para o bem estar das pessoas (Romanos 13:3). Em segundo lugar, O governo não pode salvar pessoas e mudar corações. A salvação é uma obra plenamente espiritual (João 1:12,13). Por isso rejeitamos toda e qualquer ideia de que um presidente evangélico seja a solução para o nosso país. Não aceitamos aquela ideia de que temos que declarar que O Brasil é do Senhor Jesus, pois isso não acontece por declaração humana e muito menos surgirá pela ação política. Infelizmente temos cristãos que querem se envolver politicamente apenas para desfrutar das benesses do poder; não são dirigidos pelos princípios da Palavra. Quem muda o coração é Cristo e não um decreto presidencial ou uma lei parlamentar. Por isso precisamos pregar a Palavra do Senhor e anunciar a Boa Nova do Evangelho, pois um povo transformado certamente influenciará moralmente as leis de um país. E finalmente precisamos entender que O papel da Igreja não é governar as coisas de César; e César não deve governar as coisas de Deus. Nós defendemos a separação entre Igreja e Estado. Estas duas instituições são ordenadas por Deus, mas seus papéis são diferentes. Jesus disse aos herodianos: “... Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22:21).
A Igreja pode e deve fazer política, mas não pode ser partidária. Esse é o grande problema hoje, pastores e igrejas se envolvendo nos esquemas partidários, fazendo alianças perigosas – para não dizer suspeitas. A Igreja como agente político deve cooperar para o bem da sociedade e não para a manutenção de um status quo da politicagem. A Igreja precisa ser a consciência do poder e não o poder em si, pois nosso poder como Igreja não é político, mas espiritual.
O que falta hoje na Igreja contemporânea é o conceito absoluto do Senhorio de Cristo, pois Ele não é apenas Senhor da alma, mas de cada coisa no universo. Os milagres de Jesus provam que Ele domina cada elemento do universo e da vida humana. A obra da salvação e restauração envolve não apenas o ser humano, mas também todo o Universo. A Igreja é a sociedade restaurada, mas ainda é um embrião do que ainda será. A obra de Cristo será concluída no novo céu e na nova terra. Na Igreja temos que exercer a diakonia, em que os ricos são chamados a suprir os pobres através do serviço. É claro que a justiça plena só será alcançada no Reino Eterno de Cristo, mas isso não deve servir como algo utópico, mas numa luta constante, vivendo cada dia na esperança (2Pedro 3:13).
Por isso A Igreja tem um papel didático. A Igreja é a nova sociedade de Deus. Na pregação da Boa Nova de Cristo o papel da Igreja consiste em ensinar corretamente as pessoas os princípios da Palavra de Deus. A Bíblia fala mais de família, negócios, relacionamentos humanos do que céu ou inferno. O trabalho é uma bênção e com ele podemos glorificar a Deus, pois para o cristão não há distinção entre secular e religioso. Tudo é santo e sagrado se feito para a glória de Deus. Como mordomos de Cristo é a Ele a quem devemos conta de nossas ações e um dia estaremos em Sua presença gloriosa para a prestação de contas.
Mas o que a igreja ensina hoje? Se prega a riqueza a partir da liturgia e dos mitos, de um falso conceito de prosperidade mágica e não o trabalho correto e produtivo. Por isso tem gente comprando “toalha ungida” para passar na porta do banco para a dívida sumir. Isso é um absurdo! A tarefa da igreja é repreender os vadios, os parasitas, os agiotas e aqueles que não produzem. O papel da Igreja é formar cidadãos honestos e trabalhadores, pois a raiz de toda injustiça social é moral e espiritual e nenhuma política pública fará qualquer regeneração no coração humano. A Igreja jamais deve se esquecer de que Jesus Cristo é Senhor de todas as coisas, inclusive nas áreas sociais, políticas e econômicas.


Pastor Gilson Souto Maior Junior
Pastor sênior da Igreja Batista do Estoril, graduado em Teologia e pós graduando em Metodologia do Ensino Superior, professor de Antigo Testamento, Teologia do Antigo Testamento, Hebraico e Exegese do Antigo Testamento da FATEO. Membro do conselho editorial do JC Gospel.







• Apartes •


"O homem é um animal político"

Quem está triunfando em nosso país? Durante anos por conta de uma leitura equivocada, vivenciei uma dicotomia aguda da máxima Separação entre Igreja e Estado. O resultado desta leitura equívoca foi minha ausência e omissão em temas sociais onde as Escrituras pedem uma ação responsável por parte do crente.
Hoje, porém, quero citar outra máxima, a aristotélica: o homem é um animal político.
Esta máxima pode ser sinteticamente vertida para o vernáculo português como: O homem é um animal político. As implicações desta obviamente permeiam quase todas as esferas da existência. Quero brevemente aqui compartilhar algumas das implicações que alcanço nessa máxima. Primeiro é que o homem aqui se refere à raça humana, e assim senso deve-se esperar ação política de cada representante da raça. Segundo, a omissão de um implica na ampliação da esfera de influência do outro. Terceiro que na raça temos diversos tipos de ética, logo a omissão política do cristão gera espaço para a aceitação de um conjunto de valores, que podemos chamar de Ética Anticristã. Se estiver certo é para isto que as Escrituras apontam em Provérbios 28.12: Quando os justos triunfam, há grande glória, mas quando os ímpios sobem, os homens escondem-se. Meses atrás em uma reunião com um deputado aqui em nossa cidade, ouvimos deste uma declaração no sentido de que o país não precisa de mais evangélicos na política, mas sim de homens e mulheres de Deus, com caráter, ética e moral ilibados, e preparados para fazer diferença e para se sustentarem em uma posição que têm corrompido tantos. Concordo com ele, o crente não precisa ter cargo político para ser político (bom sentido), mas precisa sim ser consciente e atuante em favor dos valores do Reino de Deus, e em favor da humanidade. Todavia ao encontrarmos um irmão que se enquadre nas prerrogativas aqui mencionadas temos a responsabilidade de apoiá-lo com nossas orações e votos.
Deus nos dê tua graça para que possamos ser cidadãos conscientes, atuantes, vivenciando e lutando aqui em nosso país pelos valores que nos ensinastes.
Venha teu Reino. Amém!

Deus nos dê tua graça para que possamos ser cidadãos conscientes, atuantes, vivenciando e lutando aqui em nosso país pelos valores que nos ensinastes. 
Venha teu Reino. Amém!

Pastor Willian T. Quintela – Igreja Batista do jd. Bela Vista/BAURU

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 "A Bíblia diz: Pelos frutos os conhecereis"

Um dos grandes desafios da Igreja é o de não se corromper. A Igreja erra quando toma posicionamentos precipitados e envolvimentos ilícitos, no que diz respeito às campanhas eleitorais e indicação de seus candidatos. 
No ano de 2002, quando o Lula estava em  sua campanha a presidente da República, uma grande parte de líderes evangélicos  se equivocaram dizendo que o mesmo era filho do diabo, que iria perseguir a Igreja etc., tentando eleger um determinado Pastor do Rio de Janeiro, que mais tarde se envolveu em corrupção.  Hoje, vários partidos que se dizem de cunho cristão são aliados do ex-presidente Lula, isso nos faz pensar, estavam certos os líderes evangélicos? De outro lado, como ter certeza de que vamos eleger uma pessoa comprometida com os princípios cristãos? A Bíblia nos diz: Pelos frutos os conhecereis (Mt 7: 20).
 O problema de muitos cristãos é que ao se tornarem políticos acabam por rejeitarem o governo pessoal de Deus sobre suas próprias vidas, adotando um governo meramente humano e quando não, diabólico. O poder, a riqueza e a fama têm substituído a prioridade de unção, espiritualidade e valores cristãos. Como consequência, o envolvimento na política pode correr o risco de ser, não uma benção de testemunho, mas uma verdadeira contaminação da Igreja. Os que deveriam estar defendendo a causa do evangelho buscam apenas se auto-promoverem diante da sociedade, por exemplo: votando a favor de leis como a legalidade do aborto, união estável de homossexuais etc., ou seja, legalizando aquilo que a Bíblia condena. 
Um dos exemplos bíblicos mais marcantes dentro do contexto político é o de José, filho de Jacó, que mesmo estando no Egito, seu coração estava em Canaã e não se corrompeu, lutando pelos direitos do seu povo. Quem dera pudéssemos ter “Josés” representando o povo de Deus nas várias esferas da política.

Pastor Silas Gonçalves – Pres. da Igreja Manancial da Vida, Agudos/SP





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"A política é boa. Politicagem é ruim" 

Certamente que a política é boa, visto que consiste em toda ação voltada para o bem comum, para o bem da “polis”. Portanto, toda vez que alguém toma uma iniciativa voltada para o bem do grupo, da sociedade, está fazendo política. Nesse sentido o Cristianismo nada mais é que o resultado da ação política empreendida por cidadãos comprometidos com os princípios fundamentais do Reino de Deus – “ame a Deus acima der todas as coisas” e “ame ao teu próximo como a si mesmo”.
O que se confunde é política pura com política partidária. Essa, sim, é parte de um sistema que está contaminado, um sistema profundamente malignizado. É bom ressaltar que o sistema político em si mesmo não é maligno, mas encontra-se malignizado, pois seus mecanismos são usados não para o bem comum, mas o de alguns privilegiados. E é nisso que muitos cristãos ingenuamente se deixam confundir e, até mesmo, manipular. Por exemplo, pensar que só porque o candidato é evangélico já é garantia de sucesso em sua ação político-partidária. Mas a prática mostra o inverso: cristãos ingressam na política e com o tempo se deixam contaminar com o sistema – ou se corrompem ou se tornam inoperantes, inexpressivos, incompetentes.  Por quê? Porque tratam a política partidária de acordo com os critérios e métodos do sistema e não como uma batalha espiritual para a qual são requeridas armas específicas. Acabam engolidos pelo sistema. Fazem conchavos, acordos, compram e vendem, mudam de ideologia de acordo com o vento político. Decidem suas candidaturas pela conveniência ou aspirações eleitorais – raramente vemos alguém buscar conselho e oração de seus líderes espirituais, com a firme e profunda disposição de submeter-se a eles, candidatando-se ou desistindo da candidatura de acordo com a resposta de oração. Quando pedem oração, já tomaram a decisão. Pedem mais para agradar ou demonstrar uma espiritualidade que mais está para religiosidade.
Precisamos de homens e mulheres maduros espiritualmente, pessoas que por seu compromisso com Deus terão, primeiramente, o respaldo dEle; mas também  terão o reconhecimento do povo por quem trabalham, por quem fazem a política verdadeira e pura antes mesmo de fazerem a política partidária.
Diante de tudo o que foi exposto, e para não criar situações de partidarismo em seu meio – com disputas por partidos e candidatos e não por princípios e valores – o Conselho de Pastores não apoia nenhum candidato a Vereador ou a Prefeito nessa eleição.

Pastor Edson valentim - Vice presidente do Conselho de Pastores de Bauru


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"Porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz"

Houve um tempo em que a igreja evangélica pregava e empregava uma filosofia de que, o envolvimento político era algo nocivo e desnecessário. Enquanto a igreja insistia nessa filosofia, os mais variados grupos e segmentos da sociedade se mobilizavam no sentido contrário, foram se infiltrando nas alamedas políticas, estabeleceram bases sólidas, e hoje, estão consolidados e muito bem representados politicamente.

Há um relato bíblico no evangelho segundo São Lucas 16:8, que diz: “Porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz”. Não é incompreensível a exortação empregada pelo Senhor Jesus, inadmissível é acomodação da igreja e a falta de entusiasmo para reverter o jogo. A igreja tem um direito adquirido, uma promessa decretada e estabelecida por Deus: Deuteronômio 28:13 “E o SENHOR te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não debaixo” o estabelecimento do reino de Deus passa pelas nossas mãos, e é preciso ter atitude.
O inferno trabalha incansavelmente para arrebatar a terra que o Senhor nos deu, mas um novo tempo se desponta, um tempo de luz e clarividência, uma época em que a igreja se mobiliza para reconquistar parte de seus domínios que foram invadidos por filisteus. Há uma nova geração de verdadeiros filhos da luz semeando para uma farta colheita. Definitivamente, chegou a hora de a igreja brilhar mais e mais... É tempo da igreja mostrar sua verdadeira face e levantar homens e mulheres centrados em nosso Deus, que decidirão o futuro do nosso tão lindo e imensurável Brasil.
Ilumina Senhor, a sua igreja!!!!

Pr. Rodoldo Reinato  – Igreja Pentecostal Unidos em Cristo, jaú/SP







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